abril 27, 2018

Árvore Símbolo do Canadá




Por Elisabeth Santos 

De tudo que vi, em matéria de tradição canadense, o que mais me impressionou foi a variedade de guloseimas feitas a partir da seiva do Bordo Maple. Reconheço-me como “formiga doceira”!

Descoberta como alimento por acaso, a seiva adocicada, rica em minerais bons para nossa saúde é colhida da grandiosa e imponente árvore símbolo do país. É necessária grande quantidade de seiva para se fazer o xarope ácer que adoça os alimentos no Canadá, conhecido e apreciado em todo mundo.

Anualmente, na época da coleta, realizam-se nas devidas localidades rurais, festivais de Maple com a “Cabane a Sucre”. Trata-se de um espaço com estacionamento amplo, restaurante de mobiliário rústico, comidas típicas da roça, sucos e sobremesas deliciosas tendo o Maple como adoçante característico.

Músicas tradicionais para cantores e dançarinos traquejados, ou improvisados, espalham alegria pelo ambiente.

À hora do término do grande festival, parada obrigatória na cabana onde é feito o pirulito mais natural da região.

Num fogão a lenha, que torna a Cabana acolhedora no rigor das baixas temperaturas, panelas daquela seiva mágica que vai se evaporando até o ponto de puxa...

À espera da guloseima saudável fica o balcão repleto de gelo triturado. Cozinheiros bem treinados na arte do manuseio do doce dosam a quantidade exata a ser equilibrada em cada palito. O pirulito estará pronto para degustação ao esfriar e tornar-se sólido sobre o gelo. Que delícia!

Saboreando, posando para a foto lembrança, observa-se a decoração local: ferramentas, utensílios e vasilhames são facilmente reconhecidos como os instrumentos de quem ali vive do extrativismo.

Quem não prestigia tradições culturais por certo não terá histórias para contar futuramente. Ao passear por lugares assim nos sentimos “espionando” nossas origens e o trabalho incessante das gerações passadas.






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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".  


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