maio 04, 2018

Despedindo me do Canadá


Por Elisabeth Santos


O Canadá era Colônia da França e da Inglaterra, portanto a monarquia existia desde aquela época. A independência total do Canadá aconteceu em 1931, mas ainda tem a rainha a delegar poder a um governador Geral. O regime político de lá é a Monarquia Constitucional onde a rainha rege, mas não governa.

Ao Parlamento Central cabem: defesa, comércio internacional, sistema monetário e bancário, direito criminal, indústria pesqueira, transportes, telecomunicações e energia nuclear. As províncias são responsáveis por:  educação, propriedade e direitos civis, administração da justiça, saúde, hospitais, recursos naturais, seguridade social e instituições municipais.

O prédio central do parlamento é também atração turística por sua arquitetura semelhante a um castelo, torre, relógio, biblioteca magnífica, documentos históricos importantes, móveis e decoração.

Destruído pelo fogo por duas vezes, tem à entrada uma chama perene com datas gravadas em volta. São de vitórias em guerras e avanços governamentais.

Imagens dizem mais que palavras.

Uma ida ao Canadá permitiu-me constatar “in loco” os resultados da sua organização parlamentar funcionando. Passeando pelo bairro das embaixadas; residencial dos parlamentares e governador geral; demais políticos, e seus representantes não observei serviço de guarda ostensiva ou cuidados excessivos com a segurança.  Nem tampouco vi mostras de riquezas de funcionários públicos, que se orgulham sim em trabalhar com o povo e pelo povo.

Não há mendigos, ou crianças abandonadas pelas ruas que já não tenham sido abordadas pelas entidades pertinentes, e abrigadas com respeito e dignidade.

As escolas são públicas e tão boas quanto as particulares de quaisquer partes do mundo; idem, idem os serviços médicos, de transporte coletivo e os de segurança. Tudo funciona a tempo e à hora.

_ Lá vem o caminhão basculante retirador de neve limpando as ruas para o trânsito. Antes, outro aspergiu sal para desmanchar o gelo. Cada habitante, com a pá, abre caminho até a porta de sua casa, pois sabe por onde deseja passar. Num país onde baixas temperaturas predominam, cristais salinos enfeitam as beiras das calçadas tal e qual as pedrinhas de brilhantes... que me vem à lembrança, de uma cantiga popular brasileira: “se essa rua fosse minha, eu mandava ladrilhar, com pedrinhas de brilhante para o meu amor passar...”





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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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