Onde os cavalos limpam as calçadas comendo o mato. |
Por Elisabeth Santos
Era uma vez um pasto verde cheio de éguas e cavalos, todos muito bem cuidados.
Dois desses muares decerto tinham espírito de aventura, pois não é que combinaram de ir dar umas voltas pelo mundo?
Certo dia, à noitinha, trocaram ideias:
_ Você acha que existe vida de gente como nós além desses mourões que nos cercam de arame farpado?
_ Olha... Até onde minhas vistas alcançam, parece que não, mas se lhe passou pela ideia, a mesma que tenho tido, poderemos pular pro outro lado e ir sondar.
_ Combinado!
Era uma vez dois amigos de quatro patas cada, que foram conhecer outras paragens. De campo a capão; de colinas a locas; de morros a grotas; de matas a estradões cobertos de poeira... chegaram a uma cidade nunca dantes conhecida por eles. Cavalgando pra ali e pra aqui, sem cela, sem freio, sem marca de dono nas ancas... vagaram livres comendo capim, bebendo das poças encontradas, sem a ninguém assustar.
Era uma vez dois cavalos!
Solto pela vida. |
Estamos sem saber qual dos dois vai comprar a moto. |
Passeando a pé ou a patas? |
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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