Por Elisabeth Santos
Um vestido lindo copiado de um modelo das vitrines parisienses pode ser tão bom de vestir, quanto o original, e ainda proporcionar um momento inesquecível. Uma bijuteria imitando joia rara, que combine com o vestido; um par de sapatos de salto confortável, mesmo sem ter custado caro; acessórios e bolsa cheios de charme embora tenham saído do fundo do baú...
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Um vestido lindo copiado de um modelo das vitrines parisienses pode ser tão bom de vestir, quanto o original, e ainda proporcionar um momento inesquecível. Uma bijuteria imitando joia rara, que combine com o vestido; um par de sapatos de salto confortável, mesmo sem ter custado caro; acessórios e bolsa cheios de charme embora tenham saído do fundo do baú...
Certas coisas na vida não precisam ser autênticas, outras sim.
Amizade falsa, amor infiel, felicidade passageira, lágrimas mentirosas, e sorrisos forçados, ninguém merece.
Você pode ser você mesmo dentro de uma indumentária qualquer: fantasiado, representando um personagem, vestido luxuosamente ou com simplicidade. Não estaria sendo, entretanto, você mesmo caso se dispusesse a enganar alguém para receber algum benefício.
Enganar outras pessoas poderá ser relativamente fácil. Enganar-se, representando um papel que não corresponde aos próprios sentimentos, nem tanto.
A pessoa atingida pelo seu fingimento uma vez, questionará sua sinceridade dali por diante, ou não.
Mas... quem fingiu e prejudicou o grau de confiança de que foi depositário um dia, estará sempre camuflando alguma atitude intencionalmente. Temendo ser descoberto na sua insinceridade, tentará viver feliz num mundo criado para si, prestes a ruir ao primeiro sopro, brisa, ou ventania inesperada.
Há quem mantenha as aparências, para garantir boa vida. Faz jogada de trocas arrojadas crendo, que é só aquilo mesmo que lhe está reservado. Não acredita em amor sincero, amizade desinteressada, lágrima verdadeira, felicidade plena.
Deve ser pela própria incapacidade de gerar tais sentimentos, ou porque ninguém dá o que nunca recebeu.
Muito triste viver assim.
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
Lindo texto! Amei a reflexão! Obrigada!
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