fevereiro 07, 2020

Dentro das Contradições

Por Elisabeth Santos


Estava eu dando umas voltas ali adiante, quando me deparei com esta frase: 



Achei de achar aquilo bem curioso, e li novamente. Queria mesmo memorizar para juntar às demais contraditórias contradições que povoam minha cabeça de uns tempos pra cá.

De quem seria o dito que não era dito, mas escrito na camiseta de um rapaz? Ou seria o dito por não dito, do Benê Dito Autor? Fui pesquisar e encontrei uma música com letra inusitada. Pelo menos para mim, era sim.

Estive matutando aqui com meus cachinhos que tudo que é oposto acaba por trocar de lado. Vejam bem: A gente torce para o intestino funcionar e evacuar. Depois torce para o intestino maneirar, por ter funcionado demais da conta!

Já me ouvi dizendo: _ Deus me livre de ganhar sozinha o prêmio da Mega Sena de Natal... E ponderei ao final da frase: Mas quem me dera ganhar cem mil reais, ou dólares, euros, libras, e completar minha volta em torno do mundo.

Acho mais fácil, portanto alterar a ordem da frase e poder dizer: Quem me dera passear pelo mundo afora, mas Deus me livre de topar com um tsunami.

Existe um ditado popular que sintetiza bem os sentimentos antagônicos: “Há males que vem para o bem.” Não sei direito o que dizer sobre isto por não lembrar-me agora de uma vivência pessoal. Já ouvi de amigas que relutaram em ir a alguma festa, mas foram devido a insistentes convites de companheiras. E não é que encontraram lá seus príncipes encantados?

Também ouço causos de pessoas que aceitaram penosos desafios em seus trabalhos, e conseguiram postos de chefia ou similares; gente que sofreu revés, superou-o, e teve o reconhecimento social; ...que deixou legado importante, ou descoberta relevante, pesquisa útil à humanidade, e também invencionices para um dia a dia mais proveitoso para todo e qualquer mortal!

“Deus me livre de não ter como terminar satisfatoriamente este texto, mas quem me dera encontrar um leitor que aprecie minha sinceridade.” Se não o texto, pelo menos a ilustração poderá “viralizar” na internet trazendo-me os quinze minutos de fama preconizado por Andy Warhol (1928/1987).



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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