novembro 09, 2018

Conheci

Por Elisabeth Santos

Conheci gente de todo tipo, e sempre me espantei com aquelas gentes que até esse século acham que toda gente deve seguir um padrão. Para elas, encontrar alguém agindo diferente, é um desafio tão grande, que pretendem ver pessoas diferentes ocuparem outros lugares, sem quererem se misturar!

Para bem conviver num mundo tão pequeno, posto que globalizado, é bom começar a aceitar por perto seres humanos de compleição física diferente: o magro, o gordo e o barrigudo; o fraquinho, e o musculoso; o altíssimo, e o baixinho; cabeludos e carecas, etc. e etc.

O que teríamos de aceitar, e esclarecer para se tornarem mais compreensivos na convivência seriam os que apresentassem comportamentos inaceitáveis, prejudiciais ao desenvolvimento social sadio. Estes sim teriam que passar por um processo educativo, em ambiente propício, que poderíamos reconhecer como um Curso Superior de Mudança de Mentalidade. Ouço isto há bem tempo. Nunca vi, de perto ou de longe, nem soube de tal Fundação, infelizmente.

Também existe outro detalhe: a complexidade do ser humano! E, ao que nos parece, quanto mais se fecham em grupos de seus iguais, outras mil e uma diferenças vão se evidenciando, tornando alguns dos ditos iguais... mais iguais; umas pequenas diferenças, levando a desvantagens enormes; parece que ali a  complexidade torna-se mais complexa devido a minúcias, ínfimos detalhes, intolerâncias com a imperfeição humana. Ora veja, sempre soube que imperfeição é coisa própria do ser humano, e sendo aí a residir sua essência... será mesmo impossível termos o mesmo grau de aceitação um do outro?

Para quem não estaria entendendo onde quero chegar nessa prosa, darei um exemplo simples: _ O Brasil que quero para a posteridade é o mesmo que todos nós do Bem, sempre quisemos: _ Livre, justo, forte, ético, honrado, honesto, sincero, autêntico, confiante, sensível e respeitoso com as diferenças existentes!

Ouvi uma voz de um velhinho neste instante: _ Mas tudo aí escrito é simples obrigação de uma Nação que se diz civilizada! Queremos também: qualidade de vida, pois já está passando da hora de vislumbrarmos no horizonte renascer a esperança, o otimismo, a alegria, a cordialidade, reconciliação, sabedoria, consciência e a generosidade.

Perguntei-lhe então se não achava a lista muito extensa para começar, ao que ele respondeu simplesmente: _ Estou Seguro que não! – e assim caiu morto porque “Seguro morre de velho”. 



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".



   

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