outubro 12, 2018

“Criança feliz, feliz a brincar...”

Por Elizabeth Santos



Chegaram as férias escolares! Criançada em casa, na colônia de férias, na casa da vovó, esbanjando energia a rimar com alegria.

O mais novo, exibindo uma mamãe que crê seja só dele! Afinal, ela se encontra de férias também.

E lá vai a turminha pra ‘qui e pra ‘li. Seja a pé, de bicicleta, de carro, ônibus, avião ou barca... Barca?

A tia avó sugeriu o passeio para relembrar o tempo que era este o transporte mais utilizado entre a capital do país e a capital do estado da Guanabara. Menores de idade não entenderam direito, mas gostaram da possibilidade de conhecer a Praça Quinze, no Rio de Janeiro com prédios históricos contrastando com o comércio colorido dos ambulantes. A caminho no balanço das ondas, viram a ilha onde aconteceu o último baile imperial; navios e embarcações diversas; máquinas que reparam plataformas de petróleo; terra firme rica em relevo, com paisagem de muito verde e muito prédio. Comeram o lanchinho natural escolhido na estação Charita, idealizada nada mais nada menos do que pelo genial Niemeyer, para a terra de Araribóia! Uma inesquecível turnê com curiosidades diversas e muita alegria.

As brincadeiras em casa, em tardes chuvosas abrangiam da tradicional “casinha” aos desfiles de “modelos” em passarela imaginária; das “adivinhas” aos jogos eletrônicos; do “chá das cinco” feito e servido pelas crianças ao lanche especializado do Mc Donalds.

À noite histórias contadas pela tia avó, dramatizadas pelas crianças, traziam o sono, os sonhos, a reposição de energias...

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No casarão colonial de Campanha, é o balanço de pneu pendurado na velha árvore que gera disputa entre os pequenos, a formar fila. Cada qual quer ir mais alto que o outro. O vôlei e a “pelada” nos campinhos do quintal servem para todas as idades, independente do tempo estar bom ou ruim. O jogo na lama, embaixo de chuva tem platéia garantida das janelas da sala. A barriga dói de tanta risada.

E o baralho? Todo dia é dia. Já virou tradição. Na faixa etária de oito a oitenta, muitas vezes o interesse supera o dos “games”.

E lá a galera tem primos e mais primos. Aliás, na casa da praia do tio Gilson também tem: Primo irmão, primo do primo, por parte só de pai ou de mãe e ainda os amigos deles que descem pro litoral em janeiro.

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Assim chegou o dia da “despedida das férias”. Todos no atelier desenhando, pintando ou colorindo os convites. Era só este o assunto: encerramento festivo com brincadeiras e jogos coletivos de deixar vontade de reunir de novo; tudo por uma finalização marcante para a “volta às aulas”.

A lista dos “combinados” foi elaborada por e para todos se divertirem sem palavrões, encrencas, desobediências e disputas inúteis; o cardápio idealizado de comum acordo, voltado para atrair olhares e agradar paladares!


Pena não ter sido possível reunir todos os primos na mesma localidade, mas na “rede social” e em tempo real apareceram: a cidadezinha, o campo, a metrópole e o litoral, invadidos por música, conversas, e sorrisos de felicidade de uma temporada de lembranças mil.   




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".  

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