Estando no tempo certo do desmame de sua filha,
Sulamita teve alguma dificuldade. A criança não querendo largar o leite do
peito, também não aceitava o alimento na mamadeira. Conversando com sua
comadre, esta lhe deu a ideia de estar sempre vestida com blusa não decotada, e
na cama usar só camisolas abotoadas até o pescoço. Sulamita, entusiasmada,
seguiu o conselho da amiga contando com o resultado positivo. Quanto às blusas,
deu tudo certo. Não vendo o peito da mãe e a mãozinha não o alcançando,
aceitou outros tipos de alimentação.
Aconteceu que de manhã, saindo de seu berço, vendo a
mãe dormindo, subiu em sua cama, e engatinhou até a altura do peito. Estava
tampado pela camisola! Tentou desabotoar sem conseguir. Puxou a roupa da mamãe,
mas não conseguiu abrí-la. Tentando outras táticas sem êxito, engatinhou até o
fim da camisola longa e entrou por baixo ficando ali a mamar sossegada.
Sim, a jovem mãe tinha acordado e prestado atenção nas
peripécias da filhota, se segurando para não rir.
Passados uns meses o leite secou totalmente e a
menina já havia aprendido a comer frutas com suas próprias mãos e assentar-se
à mesa de refeição com os pais, comendo de tudo.
Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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