Vista das montanhas mineiras. |
Era simples.
Tornou-se simplório.
Hoje é simplista.
Simples e natural, era simplesmente descomplicado!
Simplório, quando se esqueceu dos seus direitos,
lembrando-se apenas do que tinha de deveres.
Simplista ao resolver que poderia ser muito mais ao
reduzir aquele mundo de senões, exceções, adendos, entrelinhas da leitura que
sempre fez de Humano/Humanidade.
Seu pai detestava a teoria simplista. Lembrava-o de
Darwin, mas não era nada disto que o pessoal ao seu redor falava, posto que
desconhecesse a pesquisa do tal cientista.
Então, depois dessas preliminares, quem nasceu
simples: aprendendo o amor, o respeito, a educação... em família, num lar...
Prosseguiu sua formação em uma escola, que passava
também princípios éticos...
Conviveu numa sociedade justa.
Esteve pronto para enfrentar desafios naturais da
convivência sadia com seus ajustes diários, pois cada ser humano tem suas
particularidades. A índole, a
personalidade, a consciência, o livre arbítrio!
Nada disso se encaixa numa teoria simplista.
Restou ser simples ou simplório. Poderá ser as duas
coisas, ou não ser nem uma, nem outra. E qual será escolhida como primeira?
Qual ficará como segunda ou última opção?
A teoria simplista cai por terra por não funcionar
onde existe o interesse próprio. E este, pelo que se tem conhecimento no nosso mundo,
nunca deixou de se fazer presente.
--
Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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