setembro 15, 2017

Histórias sem fim

Por Elisabeth Santos
Arte em vidro nas ruas de Asheville na Carolina do Norte.

Primeira:

_ Um homem pode ser na vida, civil ou militar. Se ele for civil, não acontece nada, mas se ele for militar podem acontecer duas coisas: Ele ir pra guerra, ou não ir pra guerra. Se ele não for pra guerra, não acontece nada. Se ele for pra guerra podem acontecer duas coisas: Ele morrer ou não morrer. Se ele morrer, não acontece nada. Se ele não morrer podem acontecer duas coisas: Ele casar ou não casar. Se ele não casar não acontece nada. Se ele casar podem acontecer duas coisas: Ele ser pai ou não ser pai. Se ele não for pai de mulher, não acontece nada. Se ele for pai de homem podem acontecer duas coisas:

O homem pode ser civil ou militar. Se ele for civil, não acontece nada. Se ele for militar podem acontecer duas coisas: Ele ir pra guerra ou não ir pra guerra...

...

Segunda:

_ Era uma vez um gato xadrez, pulou a janela da Rua Três. Quer que eu conte outra vez?

...

Terceira:

_ Era uma vez dois amigos: “Conta Menos” e “Conta Mais”. “Conta Menos” foi viajar. Quem ficou?

_ “Conta Mais!”

_ Era uma vez...  

...

Quarta:

_ Um elefante amola muito a gente, dois elefantes amolam, amolam muito mais. Três elefantes amolam muito a gente, quatro elefantes amolam, amolam, amolam, amolam muito mais...

...

Esta quarta história é sim uma história sem fim, pois números são  infinitos.

A terceira história terá um fim quando o “Conta Menos” voltar da sua viagem.

A segunda história irá acabar quando o gato Xadrez cansar de pular a janela da Rua Três.

Quanto à primeira “história sem fim” aqui lembrada... teve seu fim, quando o terrorismo resolveu guerrear contra o Homem civil.




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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