janeiro 18, 2019

A lista das minhas vontades

Por Elisabeth Santos



Mínimo de três... máximo de seis, tentarei escrever o que gostaria de fazer ainda na minha vida:

-Ser bilíngue.

-Aprender a lidar eficientemente com as novas tecnologias de comunicação.

-Conhecer o mundo.

A partir disso tudo pretendo:

-Novas amizades pessoais, pois virtuais tenho o suficiente.

-Ter um compromisso com alguma entidade de ajuda humanitária.

-Trocar boas ideias, participar e divulgar cuidados com a natureza.

Algumas dessas minhas vontades já nasceram comigo:

-Até então conheci o máximo que pude de outras culturas através de leituras, filmes, palestras, documentários e conversas com parentes, colegas, amigas e amigos de amigas.

-Aprendi um pequeno vocabulário de francês, italiano e inglês. E... quanto às tecnologias só estiveram ao meu alcance, quando eu não apresentava mais aptidões para acompanhar mudanças tão rápidas no computador, celular e eletrônicos em geral.

Levo uma vida confortável de aposentada residente numa pequena cidade, tenho família, bons relacionamentos, e posso afirmar que nada me falta dentro da média do estilo de vida dos mais próximos. Estou satisfeita e grata pelas oportunidades que tive e tenho. Conservo os bons princípios recebidos dentro da minha família de origem. Mantenho viva minha fé. Só acrescentei alguns conhecimentos e a criticidade suficiente para sobreviver num mundo em transformação diária.

Quando criança repartia com minha irmã, um ano mais velha que eu, sonhos de consumidora voraz de tudo que era propaganda bonita, colorida, bem divulgada nos meios de comunicação escrita. Tanto ela, quanto eu pudemos algum dia afirmar, que alcançamos com estudo, trabalho, persistência e dedicação o que pretendíamos em nossos sonhos infantis. Nem precisamos enriquecer daquela riqueza material desejada por tantos que almejam fazer... quando o dinheiro der e sobrar com abundância!

E o vil metal nunca sobra simplesmente porque as necessidades aumentam, se avolumam, e crescem de tal forma, que constatamos ser melhor não aguardar de mãos nos bolsos o sobejamento. Ir realizando o que desse, fosse possível, devagar e sempre, principalmente em matéria de auxílio comunitário.

Essas são minhas vontades prioritárias para quando tiver em mãos muito dinheiro:

- Caído do céu, apanhado em árvores, recebido numa sorte grande da loteria, ou até mesmo vindo do intestino de um burrinho denominado Biribiri:

-Terei um bom plano de saúde.

-Uma dama de companhia, ou cuidadora.

-Motorista a conduzir-me às visitas aos amigos da minha idade, ou com dificuldades semelhantes às minhas.

-Vestir-me de “Mamãe Noel” a cada dia de Natal restante, e sair distribuindo calçados, roupas e brinquedos às crianças do mundo inteiro que escreveram suas cartinhas acreditando na igualdade humana.




Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".     

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