Daqui a pouco estarão inventando mais esta:
o direito do direito.
Não bastou legislar, criar o código penal,
a jurisprudência. Há leis para tudo e estão criando a cada dia mais e mais
leis. Mesmo não sendo válido alegar-se desconhecimento delas, o que vemos é
infração, desrespeito, abuso de toda espécie.
É para se usar o cartão de débito/crédito,
mas existem casas comerciais que não dão desconto para compra à vista com o
cartão alegando terem despesa de 5% com esta venda. O código de defesa do
consumidor diz que cartão tem o mesmo desconto, mas quem fiscaliza? O
consumidor até que vigia. Há denúncias nas reportagens da mídia frequentemente.
E daí? Parece infiltração de água: repara-se aqui, reaparece ali. Há muito
tempo se ouve falar de impunidade... e nada. Nada de sanar-se o mal.
Resolvi ser repórter por um dia e perguntar
para meus conhecidos se achavam que estávamos necessitando de nova
Constituição. A maioria disse não.
Perguntei por que, e eles responderam que
nossa constituição é mais extensa que a do país mais poderoso do mundo. Só que
lá resolve e aqui a cidadania continua sendo de papel.
Vale a comparação com a brincadeira
infantil:
_ Cadê
o toucinho que ‘tava aqui?
_ O gato comeu.
_ Cadê
o gato?
_ Foi
pro mato.
_
Cadê o mato?
_
Fogo queimou?
_
Cadê o fogo?
_
Água apagou!
_ Cadê
a água?
_ O
boi bebeu!
_
Cadê o boi?
_ Foi
amassar trigo!
A brincadeira prossegue, sem nada
esclarecer sobre: quem são os culpados pelo sumiço do toucinho, como e quando irão devolvê-lo aos seus legítimos donos.
O direito de reivindicar/reclamar já
sabemos ter.
Queremos o direito de sermos ressarcidos.
Está dificil. Por que será?
_Cadê os meus, os seus, os nossos toucinhos, aliás, nossos direitos de
consumidores?
_ Foram
por aqui (norte), por ali (sul), para cá (leste), para lá (oeste)...
Ao certo mesmo ninguém sabe!
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