junho 26, 2020

Em tempos de COVID19


Aqui pegou feio! Ninguém esperava que fosse ser da maneira que está sendo. A população obedeceu a quarentena antes do Corona vírus colocar os pés para dentro do país. Foi prescrito o isolamento para que Hospitais de campanha ficassem prontos, e ficaram. Entretanto faltou a tempo: equipamento específico; profissionais da Saúde especializados ou não; vagas nos necrotérios; tumbas, e principalmente empatia entre o governante mor e seus eleitores.

Em cada cidade pesquisada metade da população segue as instruções de enfrentamento a pandemia, e a outra metade não. As notícias falsas proliferam nas redes socias e na mídia existente a mais tempo.

Sendo que nosso país já não fazia o dever de casa, mantendo altos: a ausência do saneamento básico; a taxa de desemprego (com tanta coisa boa a ser construída); o crescimento diário das comunidades e da população de rua nos grandes centros; o descaso com saúde, educação e segurança; a corrupção que evidencia riqueza demais para um lado, miséria total para o outro... e tantas outras falhas que a gente nem consegue listar.

Não bastasse o isolamento social, a parada no crescimento econômico, ainda nós, simples mortais numa terra de ninguém, somos obrigados a ver e ouvir, um jogo de poder, ou guerra de egos, ou deem o nome que queiram dar. Pobres de nós brasileiros que trouxemos o país que se salvou a si mesmo décadas atrás até o ponto que esteve há uns dias. Sim, quem pensa assim é quem trabalhou por um Brasil melhor!

Querem saber? O país celeiro do mundo tendo: o agro negócio à frente; a floresta Amazônica em sua maior extensão; a água doce jorrando em rios que poderiam ser fracionados na boa; clima privilegiado até então; riquezas no sub solo; um povo batalhador e crente num futuro melhor... não merecíamos tanta enganação.

Já tivemos eleição séria do povo pelo povo, hoje votamos acreditando em promessas que nem sempre são cumpridas, e pagamos pela nossa ingenuidade.

Liberdade antes que tardia, é o lema de Minas Gerais, que teve coração de ouro batendo num peito de ferro, e até hoje luta para conservar sua verdadeira riqueza: princípios, valores, crenças e tradições.



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora resolveu escrever e já publicou dois livros. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia"

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