Atendendo a pedidos, cá estou eu dando continuidade ao resumão do livro do Dr. Scott no qual ele combina experiências de consultório, de amigos e observações sociais sobre a convivência com um passivo-agressivo.
Lembrando que nada substitui a leitura do livro do próprio autor. Esse texto tem a intenção de ser a base introdutória para um assunto complexo que merece ser relido várias vezes durante o longo e duro processo de amadurecimento.
Encarando o dragão: o passivo-agressivo e a raiva
"Por que ele não pode admitir que está com raiva?" é outra pergunta que você já deve ter feito várias vezes. "Ele olha para mim como se nada tivesse acontecido e um minuto depois ele me extermina, mas eu nem sei o que eu fiz!"
Esse homem não se irrita facilmente e isso deve te confundir. Não seria infinitamente mais fácil se você soubesse o que o faz ficar zangado? Então a pergunta aqui é: como fazer ele entender que ele está fulo da vida, daí fazer ele se abrir e lidar com a situação?
A hostilidade submersa: como ela se desenrola?
Se tem uma coisa na qual ele é bom é em comunicar agressão. Algumas situações comuns: ele te liga, fala por 5 segundos e te coloca na espera por 5 minutos; ele te pergunta porque você vai usar novamente o vestido que te deixa gorda; ele chega atrasado para o jantar na casa dos seus pais ou na apresentação do TCC; ele te conta que um dos seus amigos não gosta da decoração da sua sala, mas que para ele está bacana.
Ele se acha inteligente, como um crítico comentarista, mas na verdade ele é colérico, tempestuoso. A raiva é o coração da passividade-agressiva mesmo que ele a negue. Muitos homens vão se emburrar ao invés de gritar, entretanto a mensagem (eu estou p. da vida e é por sua culpa) pode ser ouvida do mesmo jeito.
Quando ele te ataca diretamente ele mais parece um boneco grudento que se adere com toda a forca em você quando leva um soco. No final das contas você se cansa da situação. "Como você pode me acusar de não fazer nada na hora? Os materiais estão aqui na minha mesa. Ninguém trabalha mais duro do que eu!" Comentários desse tipo servem para desviar sua atenção e para te fazer culpada.
Norberto vive falando: "o que eu fiz de errado agora?" sem sentir nenhum remorso por ter tratado mal os outros. Antes que a esposa comece a reclamar de alguma coisa pequena ele fez, ele olha para ela como um cachorrinho que estragou todo o sofá da sala na ausência dos donos. Sem se perceber, minutos depois, ela está pedindo desculpas para ele, mas nunca termina de falar o que queria e nem ouve nenhuma explicação da parte dele.
Lidando com a raiva
O difícil de lidar com a hostilidade abafada é a trazer para superfície. O trabalho mais difícil agora será convencer o passivo-agressivo de que é comum ficar bravo e entender que deve conhecer seus sentimentos e atitudes numa hora dessas.
Algumas frases ajudam "Quando você me interrompe eu não posso falar o que você precisa saber." outras nem tanto "Lá vem você de novo... Não sei porque perco meu tempo falando." A primeira opção comunica o que você quer dizer, mas a segunda tem um componente de retaliação e sarcasmo que demonstram hostilidade freiando qualquer conversa no futuro.
Aqui o autor cita e indica um livro: Anger: The misunderstood Emotion, de Carol Tavris. A agressão verbal geralmente falha porque provoca a outra pessoa e faz com que ela/e retribua na mesma moeda. A outra opcão coloca ambos num estado de espírito que inspira a conversa consciente.
Algumas mulheres usam de humor e ironia "Tá bom querido... você é bom demais para ouvir isso." porque isso as conforta. Por mais contraditório que pareça a agressão direta é o lugar menos seguro para um passivo-agressivo e estas serão interpretadas como uma maneira de você o controlar.
Suprimir a raiva não é uma boa coisa (sublimar sim! - complemento meu mesmo - leia sobre essa última porque sabemos pouco disso). Ele, por um lado, se intimida facilmente e tem medo de confrontações e por outro lado, guarda rancor do seu jeito benevolente de lidar com a raiva dele.
Débora define seu colega de trabalho como manipulador, controlador, engenhoso, não suporta que as coisas não sejam do jeito dele, além de super protetor que reage com exagero e ataque. Ao mínimo criticismo ele contra-ataca por dias seguidos sendo que ela nem sabe exatamente porque está sendo ignorada.
Recentemente ela pediu para ser promovida para uma área que vai de encontro com a área de Roger. Depois que soube disso ele começou a minar a confiança dela sugerindo que as coisas que ela fazia não eram certas ou boas. Entretanto, ela não quer vê-lo demonstrar sua raiva abertamente e para dizer a verdade ela não gostaria de lidar com a raiva dele de jeito nenhum.
Conselhos do Dr. Scott: 1. ajude-o a ser mais direto, 2. aprenda a lidar com a raiva de outras pessoas, 3. aceitar o passivo-agressivo como ele é. Quanto melhor você aceitá-lo, mais fácil será falar com ele sem antipatia ou repulsa. Com o tempo, ele vai apender que criticar um comportamento não é o mesmo que o criticá-lo.
***
- Não use! Eu cuspi dentro dele - (já que alguém está usando) Obrigado! - Eu mijei dentro também! <3 (já que você é um idiota) |
Encarando o dragão: o passivo-agressivo e a raiva
"Por que ele não pode admitir que está com raiva?" é outra pergunta que você já deve ter feito várias vezes. "Ele olha para mim como se nada tivesse acontecido e um minuto depois ele me extermina, mas eu nem sei o que eu fiz!"
Esse homem não se irrita facilmente e isso deve te confundir. Não seria infinitamente mais fácil se você soubesse o que o faz ficar zangado? Então a pergunta aqui é: como fazer ele entender que ele está fulo da vida, daí fazer ele se abrir e lidar com a situação?
A hostilidade submersa: como ela se desenrola?
Se tem uma coisa na qual ele é bom é em comunicar agressão. Algumas situações comuns: ele te liga, fala por 5 segundos e te coloca na espera por 5 minutos; ele te pergunta porque você vai usar novamente o vestido que te deixa gorda; ele chega atrasado para o jantar na casa dos seus pais ou na apresentação do TCC; ele te conta que um dos seus amigos não gosta da decoração da sua sala, mas que para ele está bacana.
Ele se acha inteligente, como um crítico comentarista, mas na verdade ele é colérico, tempestuoso. A raiva é o coração da passividade-agressiva mesmo que ele a negue. Muitos homens vão se emburrar ao invés de gritar, entretanto a mensagem (eu estou p. da vida e é por sua culpa) pode ser ouvida do mesmo jeito.
Quando ele te ataca diretamente ele mais parece um boneco grudento que se adere com toda a forca em você quando leva um soco. No final das contas você se cansa da situação. "Como você pode me acusar de não fazer nada na hora? Os materiais estão aqui na minha mesa. Ninguém trabalha mais duro do que eu!" Comentários desse tipo servem para desviar sua atenção e para te fazer culpada.
Norberto vive falando: "o que eu fiz de errado agora?" sem sentir nenhum remorso por ter tratado mal os outros. Antes que a esposa comece a reclamar de alguma coisa pequena ele fez, ele olha para ela como um cachorrinho que estragou todo o sofá da sala na ausência dos donos. Sem se perceber, minutos depois, ela está pedindo desculpas para ele, mas nunca termina de falar o que queria e nem ouve nenhuma explicação da parte dele.
Lidando com a raiva
O difícil de lidar com a hostilidade abafada é a trazer para superfície. O trabalho mais difícil agora será convencer o passivo-agressivo de que é comum ficar bravo e entender que deve conhecer seus sentimentos e atitudes numa hora dessas.
Algumas frases ajudam "Quando você me interrompe eu não posso falar o que você precisa saber." outras nem tanto "Lá vem você de novo... Não sei porque perco meu tempo falando." A primeira opção comunica o que você quer dizer, mas a segunda tem um componente de retaliação e sarcasmo que demonstram hostilidade freiando qualquer conversa no futuro.
Aqui o autor cita e indica um livro: Anger: The misunderstood Emotion, de Carol Tavris. A agressão verbal geralmente falha porque provoca a outra pessoa e faz com que ela/e retribua na mesma moeda. A outra opcão coloca ambos num estado de espírito que inspira a conversa consciente.
Algumas mulheres usam de humor e ironia "Tá bom querido... você é bom demais para ouvir isso." porque isso as conforta. Por mais contraditório que pareça a agressão direta é o lugar menos seguro para um passivo-agressivo e estas serão interpretadas como uma maneira de você o controlar.
Suprimir a raiva não é uma boa coisa (sublimar sim! - complemento meu mesmo - leia sobre essa última porque sabemos pouco disso). Ele, por um lado, se intimida facilmente e tem medo de confrontações e por outro lado, guarda rancor do seu jeito benevolente de lidar com a raiva dele.
Débora define seu colega de trabalho como manipulador, controlador, engenhoso, não suporta que as coisas não sejam do jeito dele, além de super protetor que reage com exagero e ataque. Ao mínimo criticismo ele contra-ataca por dias seguidos sendo que ela nem sabe exatamente porque está sendo ignorada.
Recentemente ela pediu para ser promovida para uma área que vai de encontro com a área de Roger. Depois que soube disso ele começou a minar a confiança dela sugerindo que as coisas que ela fazia não eram certas ou boas. Entretanto, ela não quer vê-lo demonstrar sua raiva abertamente e para dizer a verdade ela não gostaria de lidar com a raiva dele de jeito nenhum.
Conselhos do Dr. Scott: 1. ajude-o a ser mais direto, 2. aprenda a lidar com a raiva de outras pessoas, 3. aceitar o passivo-agressivo como ele é. Quanto melhor você aceitá-lo, mais fácil será falar com ele sem antipatia ou repulsa. Com o tempo, ele vai apender que criticar um comportamento não é o mesmo que o criticá-lo.
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Capítulo 3 - quem se interessa por ele
Capítulo 4 - como ele se tornou assim
Capítulo 4 - continuação
Capítulo 5 - dependência
Capítulo 4 - como ele se tornou assim
Capítulo 4 - continuação
Capítulo 5 - dependência
O livro: Living with the Passive-Aggressive man; Coping with the Personality Syndrome of Hidden Aggression - from the Bedroom to the Boardroom, de Scott Wetzler, Ph.D. Em tradução livre Vivendo com o homem passivo-agressivo; Lidando com a Síndrome de Personalidade da Agressão Encoberta - da Cama à Sala de Reuniões. Autor: Scott Wetzler, Phd., New York, 1992.
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