julho 31, 2020

A vovó Margarida e o vovô Milton

Por Elisabeth Santos

 

Os netos da avó e do avô são muitos.

Infelizmente a avó conheceu poucos dos quarenta e cinco deles. Mesmo assim a ‘vó Margarida curtiu muito seu papel, deixando saudades nos pequenos.

Nas fotos do álbum da família as cenas que demonstram bem isso: criança agarrada em sua saia, de mãos dadas com ela, em seu colo na cadeira de balanço...

Os que mais conviveram com aquela vovó foram os que moravam na mesma cidade Campanha. O Ricardo e a Jacqueline, sua afilhada de batismo conforme costume local, e da época.

Depois os que residiam nas proximidades, em Alfenas: Ana Lúcia, Cíntia, Guidinho e Maria Inês.

Vovó Margarida tinha um carinho especial por Cíntia Maria, mas sabia agradar cada um deles com o mesmo amor.

Na cidade do Rio de Janeiro, moravam seis netos e duas netas, que conheceram a vovó paterna: Fernando Sávio, Pedro Alberto, João Batista, Mônica, Rodrigo e Luciana, filhos do Guido. Alexandre e Juliano, filhos do Miltinho. Em Belo Horizonte estava o Gustavo, filho da M.Auxiliadora.   

Quanto ao avô Milton, conheceu e conviveu com todos os netos e alguns bisnetos. Hoje, os tataranetos de Milton e Margarida tendo conhecimento que a vida é assim mesmo, uns partindo, outros chegando, mas sabem de seus ascendentes através de fotos, conversas e livros.

O bom é juntar às lembranças, o carinho com que a vovó oferecia os biscoitinhos de maisena apertados com garfo, os suspiros e as cocadas brancas que fazia com capricho para seus netinhos.

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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora resolveu escrever e já publicou dois livros. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia"

julho 30, 2020

Fazer a Dieta AIP, Protocolo Autoimune Paleo ajuda a manter a doença autoimune sobe controle?

Será que todos os alimentos nessa foto são AIP?

Respondendo a pergunta, algumas pessoas acreditam que sim!

Entretanto, com tantas dietas disponíveis, será que devo seguir a dieta AIP?

Existe dieta sem glúten, cetogênica, vegetariana, vegana e muitas outras que você deve ter ouvido falar nas redes sociais.

Algumas pessoas com doenças autoimunes dizem que se sentem melhores quando seguem uma dieta restrita. Outras pessoas também falam que conseguem até mesmo diminuir a medicação com orientação médica.

O que é a dieta AIP?

O Protocolo Autoimune funciona reduzindo a inflamação intestinal que está associada com doenças autoimunes. A recuperação do sistema imunológico e da mucosa intestinal são algumas consequências trazidas pela dieta AIP que impactam nas doenças inflamatórias.

AIP e Paleo são a mesma coisa?

Não! AIP pode ser considerada uma versão bem restrita da Paleo, mas é só isso. A ideia principal da AIP é que doenças autoimunes são causadas pelo "leaky gut" ou pela permeabilidade intestinal. Nesse caso as proteínas dos alimentos passariam inteiras por pequenas lacunas nas paredes intestinais provocando uma resposta agressiva do sistema imunológico.

Com a dieta AIP você vai comer alimentos ricos em nutrientes e evitar comidas que são consideradas inflamatórias. Ou seja, evite irritação no intestino com alimentos e reduza a inflamação, além de outros sintomas das doenças autoimunes.

Como o Protocolo Autoimune foi criado?

O protocolo AIP foi atribuído ao pesquisador Loren Cordain que foi quem descobriu que alguns alimentos poderiam às vezes, engatilhar respostas inflamatórias em pessoas com doenças autoimunes.

O autor Robb Wolf reforçou o protocolo AIP no seu livro The Paleo Solution introduzindo a dieta de eliminação.

Sarah Ballantyne, conhecida como a mãe da dieta Paleo se interessou pela ciência sobre o protocolo e também escreveu sobre ele no livro The Paleo Approach. Hoje ela é considerada a autoridade no Protocolo Autoimune.
  

Quer saber mais sobre o que comer? Ou sobre o que evitar?

Leia esses textos:





julho 27, 2020

Convivendo com um passivo-agressivo, o livro, capítulo 8.1

Atendendo a pedidos, cá estou eu dando continuidade ao resumão do livro do Dr. Scott no qual ele combina experiências de consultório, de amigos e observações sociais sobre a convivência com um passivo-agressivo.

Lembrando que nada substitui a leitura do livro do próprio autor. Esse texto tem a intenção de ser a base introdutória para um assunto complexo que merece ser relido várias vezes durante o longo e duro processo de amadurecimento.

"Trex Sex Seguro diz:
Querido vizinho,
Manda ver!
Mas sério vai arrumar o rangido da sua cama.
Obrigado!
Seus vizinhos."


Sexo e o homem passivo-agressivo

Este homem vai te prometer uma noite maravilhosa, mas nunca vai falar de um futuro com você. Tudo é simplesmente mais um jogo e quando você estiver super envolvida ele vai te desapontar novamente. Confusa e sem o prometido sexo, você entende que ele só queria que você o quisesse. 

O que aprender dessa situação? Ele faz isso em piloto automático. Ele não consegue se comprometer a um relacionamento íntimo.


O amante passivo-agressivo

O sexo é uma interação complexa que em alguns engatilha o medo de intimidade, a competição e a realidade da dependência do outro. Tudo isso impõe uma pressão que vai fazer a performance dele cair, além de construir barreiras à satisfação sexual de ambos. Ele estraga a experiência para vocês enquanto pensa na exposição de si próprio durante o contato físico com você.

Vamos ver alguns tipos de jogos sexuais podem ser apresentados a você:


Preferências Sexuais

O provocador: um jeito de lidar com a insegurança.

Paulo de 27 anos entrou na terapia com dúvidas sobre sua habilidade de crescimento na firma de gerenciamento de dinheiro alheio e dificuldade com mulheres. Ele conta que encontrou uma garota numa festa e fez com que ela se interessasse por ele. Depois de algumas bebidas ele sugere que eles deixem o bar. Em seguida ele entra em pânico, apesar de ter certeza que poderia ficar com ela a noite toda.

O que aconteceu aqui? Ele é o passivo-agressivo que vai lhe dar menos do que oferece ou tem para te dar. Mesmo quando, no começo, ele percebe que você não está tão interessada, ele vai te instigar até que você se interesse para então desistir de você.

Não se engane, ele sabe o que está fazendo, "mesmo quando ele finge inocência falando que depois pensou melhor e viu que não queria sair com ela, não valia a pena, blá-blá-blá".   
 
Com o tempo, Paulo aprendeu a vencer sua insegurança, reverteu o jeito que tratava as mulheres e aprendeu a se mostrar vulnerável a algumas mulheres quando se sentia assim.

O parceiro passivo: lidando com submissão e dominação

Muitos passivo-agressivos conseguem separar sexo e intimidade, além de preferirem ser dominados pelas mulheres. Ele pode lutar contra uma mulher empoderada no cotidiano e, ao mesmo tempo, se sentir excitado por uma dominadora na cama.

Algumas dessas mulheres, depois de um tempo de desapontamento decidem deixar de lado o sexo e passam a viver somente a competição do relacionamento. A ideia de satisfação mútua escapa a imaginação dele. Ele é ambivalente na sua passividade e passa ao estado infantilizado durante a relação sexual. 

O paradoxo é que ele não vai dar algo que sabe que não vai receber. 

O feminizador: a versão masculina do quero tudo

Enquanto o amor traz a afirmação de alegria de viver um pelo outro, esse passivo-agressivo é obcecado com novidades. Ele está ali somente pela conquista e mantém você a uma distância segura e gerenciável. Comprometimento não vem a sua mente, mas pode até conseguir manter um relacionamento que será um sacrifício.

Saiba que ele está de olho em outra, sempre!


Problemas e exigências

Todas as histórias retiradas das vidas de passivos-agressivos acabam sendo sobre a falta de vontade de satisfazer uma mulher, fisicamente ou espiritualmente. Enquanto a maioria dos homens vai fazer de tudo para descobrir o que sua esposa mais gosta, o passivo-agressivo vai fazer de tudo para satisfazê-la num primeiro momento. Entretanto, vai se "esquecer" ou fazer tão mal feito que vai fazê-la desistir.

Não importa se ele é hostil, amedrontador, do contra... Problemas sexuais vão aparecer o tempo todo. 


Quando ele vira de lado: o significado por trás da abstinência

Fases de esfriamento sexual são comuns, bem como ressentimentos, cansaço, tédio ou estresse acontece com qualquer casal. Entretanto, se eles são persistentes algo precisa ser feito.

A recusa de fazer sexo é uma arma para o passivo-agressivo lutar com você. Fazendo com que as queixas sobre abstinência serem comuns no relacionamento. Na verdade, a abstinência é uma desculpa perfeita para alguém que não vê o sexo como um momento de intimidade.

Importante: Não importa o que aconteça, ele vai fazer você pagar se recusando atrasar com você. Se você aceitar a culpa do problema, ele venceu!

Ele sabe que deixa você frustrada.

Frustração e privação são coisas que fizeram parte da infância dele. Então para antecipar esses comportamentos ele age privando ou vitimizando você. Omissão é o crime ideal dele.
 
Eu combato o "tratamento silencioso"
com o tratamento "nem percebi".


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O livro: Living with the Passive-Aggressive man; Coping with the Personality Syndrome of Hidden Aggression - from the Bedroom to the Boardroom, de Scott Wetzler, Ph.D. Em tradução livre Vivendo com o homem passivo-agressivo; Lidando com a Síndrome de Personalidade da Agressão Encoberta - da Cama à Sala de Reuniões. Autor: Scott Wetzler, Phd., New York, 1992.




Como saber se seu resultado de exame de tiróide está bom?

Esse post saiu do grupo do facebook que eu sigo sobre Hashimoto.


Normal não significa ótimo. Ótimo é quando você se sente normal. Você sempre deve considerar os sintomas juntamente com testes de laboratórios.

TSH abaixo de 0,5 é normal e esperado se você está tomando remédios que contenham o hormônio T3.

Na T3 livre e na T4 livre os valores perto do máximo esperado podem ser muito altos para alguns. Então o valor ótimo pode ser acima da terceira porção do T3 livre e do T4 livre, sendo acima da metade mais elevada (veja o gráfico acima).

A T3 reversa é melhor quando está abaixo de 15 e fração de FT3/Rt3 deve estar acima de 20.

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julho 25, 2020

The best steakhouses in Greenville area, South Carolina

These are in my opinion the best restaurants to eat a yummy steak in Greenville County, South Carolina.

1. California Dream - 40 Beacon Dr, Greenville, SC 29615-5032

2. Halls Chophouse - 550 S. Main St. Greenville, SC 29601

3. Saskatoon681 Halton Road, Greenville, SC 29607

4. The Peddler  - 2000 Poinsett Hwy, Greenville, SC 29609 

5. Chophouse 47 - 36 Beacon Drive, Greenville, SC 29615

6. Ruth's ChrisEmbassy Suites Hotel, 250 Riverplace Suite 200, Greenville, SC 29601

7. Larkin's 318 S Main St, Greenville, SC 29601

8. Rick Erwin's - 648 S Main St, Greenville, SC 29601



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julho 24, 2020

O baby quer participar

Por Elisabeth Santos



Rafinha está com sete meses e quer participar de tudo à sua volta: vira-se para verificar de onde vem a voz que pronuncia seu nome; sorri reconhecendo a pessoa; balança os bracinhos ou estende as mãos para tocar, pegar, beliscar, e se tem um objeto atraente leva à boca e morde que morde. Seus fiéis escudeiros tentam adivinhar se é dentinho apontando, mas não é. Curiosidade pura isto sim poderá ser.

Ele ainda não senta sozinho, porém se o colocamos na cadeira de almoço... No momento de sair quer ficar em pé.

Queremos vê-lo a engatinhar. Se está de bruços, num colchão firme, ele suspende a cabeça. A gente pensa que vai, mas só que não. Literalmente... O neném deita e rola. Tudo que faz, é um deleite para quem está por perto.

Hora do jantar, legumes amassados com caldo, e no intervalo entre uma colherada e outra resmunga apressado. Come fruta de sobremesa. Bebe um golinho de água, arrota e dali a pouco está dormindo.

De seus brinquedos tem preferência por aqueles bem coloridos, que emitem som quando apertados e dos que pode levar à boca. Peludos não. Dão-lhe arrepios.

Na banheira descobrimos que há de ser colocado o patinho de borracha para distrair o baby. Muito simples. Se não tiver brinquedo... Chuta o frasco de xampu, derrama o sabonete com a mão. Adora tomar banho e ao final, para despedir... Inventa de espirrar água nos outros e sorri feliz com sua arte. Gosta de ouvir risadas por perto.

Outro dia agitava as mãos uma no sentido da outra. Demos uma ajuda e para nossa surpresa (haja corujice) Rafinha bateu palmas!

Todo mundo incentivou aquele aprendizado e já estão querendo que ele aprenda o tchau. Sendo assim esperto logo mais estarei colocando aqui “Tchau gente! “.




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora resolveu escrever e já publicou dois livros. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

julho 17, 2020

Abraçando a vovó

Por Elisabeth Santos


Eis que chega o quinto “mesversário” do neném que nem parece neném. Está forte e crescido. Além disso, demonstra conhecer cada membro da família: do colo da babá, vê a vovó chegar e estende os bracinhos. Completa o reconhecimento fazendo um barulho com os lábios, e a vovó repete mostrando ter entendido o cumprimento. Ri junto com ela. Festa completa!

Chega o vovô. Na mão direita tem a chave do carro. Neném adora passear de carro. Sorri e balança os braços e as pernas.

Hora do banho e a banheira de plástico parece pequena. Está não. É o bebê dando impulso com os pezinhos encostados na borda. Quem está por perto ajuda segurando seus pés, para que a água não esparrame pelo chão molhando tudo. Nesse momento, neném suga a umidade das mãos. O gosto da água o atrai. Só conhece leite materno!

Começa a se interessar por pessoas que estão a mastigar algum alimento nas proximidades.

Acompanha os movimentos da titia que corta uma fatia de bolo, ajeita no prato e leva uma garfada à boca. Neném não saliva por não ter ideia ainda do que se trata aquele ritual.

Em outros tempos... Ppoderia provar, mas com os conhecimentos nutricionais de hoje em dia, não! Nada de doce, nem alimentos que estão na mesa de refeições dos adultos.

E o neném, distrai-se em seu berço pegando a ponta do pé. E puxa a meia até tirá-la. Babador? Mesma coisa. Puxa com as duas mãozinhas até que saia. Tem tanta força ao fechar a mão num objeto que fizemos o teste do carro dele. Prende de tal forma que chega a arrasta-lo quando andamos com ele ao colo. É divertido acompanhar seus progressos e caretas.


Novidade a cada dia! 




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora resolveu escrever e já publicou dois livros. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

julho 13, 2020

What's a simple and yum Brazilian meal I can make for my family?


An everyday meal in Brazil is made with rice (white), beans (pinto), salad (lettuce and tomato) and your choice of meat. Sometimes Brazilians throw an fried egg in the mix too, and nowadays this meal has also French fries. It’s called PF, prato feito or a done plate in a free translation. Some Brazilians will prefer a roasted thigh chicken on Sundays, and a fried fish in a summer, or other shellfish if you are near to the coast.



A meal that can be a variation of the PF it's also yum and easy to make. Use black beans instead, put some pork meat and sausage in the beans. That’s your meat for the meal. Stir fry kale, or collards as complement, and use orange slices for decoration (it’s digestive too). That’s the famous Brazilian feijoada.

Bom apetite ou cheers!

julho 10, 2020

Vô e vó

Por Elisabeth Santos


O neném está ficando bem sabido:

Hora de passear de carro?

 - Quero passear!

Anteriormente, para que ele pegasse no sono, seu vovô ajeitava-o na cadeirinha do carro e iam dar umas voltas pela cidade. O sono vinha rápido e profundo. Passados uns meses a ordem dos fatos ficou um pouco diferente. O bebê estende os bracinhos, se debate, resmunga até que o avô o pegue no colo e entre no carro.

- Dormir? Que o quê?

Sorrindo feliz lá vai o neném instalado no Bebê Conforto. Parece prestar atenção no trajeto. Os olhos bem abertos nem se movem. E voltam à casa para renovadas tentativas de um bom sono.

Na penumbra, em seu carrinho que vai de lá para cá, ouvindo cantigas de ninar, dorme sossegado. O ritual inteiro é: troca de fralda, pijama confortável, ambiente calmo. O tempo de embalar a criaturinha nos braços, andando e cantando... Passou. O neném está bem pesado para a vovó dar conta do revezamento.

Toda a família se encanta com os progressos do novo membro que tem agora cinco meses. Ele parece reconhecer cada um. Sorri, agita os braços para ganhar um colo, gosta de gente e coisas se movimentando. Não dá confiança para o pet da casa que mal sai de seu canto curtindo o sono da idade avançada.

 Um dia, há bons anos, este cão agitou a casa inteira, fez o maior rebuliço, pulou em cadeiras, mesa e até janela. Neném nada disto viu...

Decerto pensa que aquele pet é brinquedo de pelúcia.

Atentos a todas as novidades estão as pessoas ao redor da criança: um a querer ser o primeiro a ver seus dentes apontando; outro a ouvir seu balbucio; a fazer careta para alimentos sólidos, lambrecar a roupa nova com sorvete... Lista sem fim.




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora resolveu escrever e já publicou dois livros. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

julho 03, 2020

Covid19

Por Elisabeth Santos
Expectativa e realidade para 2020

O Carnaval ia chegar e muitos já tinham conhecimento que uma pandemia iniciava no Oriente. Poucos ficaram sabendo da grande ameaça a representar para a humanidade.

A esposa diz para o marido:

- A escola fechando, a gente tendo que trabalhar, deixaremos as crianças com a cuidadora?

E o marido responde:

- Não, pois ela convive com muitas outras pessoas onde reside.

- Então vamos levar as crianças para a casa da avó...

- Também não querida, ela já passou dos sessenta anos e pertence ao grupo de risco.

E a mulher continuou a perguntar:

- Você está querendo dizer que mamãe representaria uma ameaça à saúde dos netos? É isto?

- É muito pelo contrário. Pessoas na terceira idade, se forem infectadas, têm risco maior de não se curarem. Isolamento social para elas, nessa temporada pandêmica “corônica” é crucial.

No dia seguinte, as dúvidas ainda no ar, o marido quer saber da esposa:

- Você vai para a fábrica?

- Não... Acabo de receber zap da chefia dizendo que estão no planejamento de uma reunião geral com todos os funcionários. Parece que vamos ter de trabalhar em casa...

E ele rindo comenta:

- Sem empregada doméstica, os meninos em casa, vai ser difícil, né? E quem vai sair para as compras necessárias?

- Você amor! – Disse ela.

- Eu? Eu não. Sempre fomos juntos às compras de supermercado cada qual com um carrinho. Você escolhendo toda a sorte de alimentos, eu com a lista de produtos de higiene e limpeza geral. Nem sei diferenciar uma verdura de outra...  

- Preciso manter meu emprego. Quanto às verduras, não se preocupe, traga uma de cada para os sete dias da semana. Temos que nos adaptar para sobrevivermos. Era você que dizia isto, lembra-se?

- Pois é, e terei de usar máscara protetora de respiração também...

- E eu tenho que me acostumar com o álcool gel a 70% que me faz espirrar e resseca minha pele.

E a filharada em coro:

- Teremos de parar de disputar brinquedos no tapa. E não poderemos andar de bicicleta ou jogar bola com os amigos.

- Por quê? Nenhum deles encontra-se adoentado das vias respiratórias...

E respondeu o mais velho para a mais nova:

- Porque algumas pessoas podem ter o vírus sem apresentar sintoma algum.

E o do meio, mais compenetrado:

- Pelo menos poderemos estudar via internet, cada qual no seu tablet. Então, nos horários de lazer disputaremos games com nossos colegas sem corrermos riscos desnecessários.

 -É isto meus amores. _Tentou amenizar, dona Mamãe.

E o papai achando que seria uma boa ideia passarem o fim de semana na chácara, onde além de mudar de ares, teriam bastante coisas a fazerem... Desistiu ao lembrar-se do comércio fechado e dos caminhos já monitorados pela Vigilância Sanitária. Muito complicado!

- Vamos viajar para um local seguro? _ Foi a  pergunta lançada no ar.

- Não sem respeitar os quatorze dias de isolamento antes e depois.

- O que mais ainda temos que aprender então?

- Além de seguir todas as recomendações conhecidas para evitarmos o pico da doença que poderá levar ao colapso de atendimento hospitalar, teremos de nos manter atualizados.

Também checar notícias falsas ou precipitadas de novas aparelhagens ou de medicação não aprovada pela Organização Mundial de Saúde. Não temos diante de nós uma corrida armamentista, mas sim... “Vacinancista”.

- E as discussões políticas trazidas pela mídia? Teremos de acompanhar também?

- Vamos deixar a boiada passar. Deve terminar na pizza de sempre. Churrasco ou pizza, vamos todos para a cozinha preparar o jantar!



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".