Por Elizabeth Santos
Chegaram as férias escolares! Criançada em
casa, na colônia de férias, na casa da vovó, esbanjando energia a rimar com
alegria.
O mais novo, exibindo uma mamãe que crê
seja só dele! Afinal, ela se encontra de férias também.
E lá vai a turminha pra ‘qui e pra ‘li.
Seja a pé, de bicicleta, de carro, ônibus, avião ou barca... Barca?
A tia avó sugeriu o passeio para relembrar
o tempo que era este o transporte mais utilizado entre a capital do país e a
capital do estado da Guanabara. Menores de idade não entenderam direito, mas
gostaram da possibilidade de conhecer a Praça Quinze, no Rio de Janeiro com
prédios históricos contrastando com o comércio colorido dos ambulantes. A caminho
no balanço das ondas, viram a ilha onde aconteceu o último baile imperial;
navios e embarcações diversas; máquinas que reparam plataformas de petróleo;
terra firme rica em relevo, com paisagem de muito verde e muito prédio. Comeram
o lanchinho natural escolhido na estação Charita, idealizada nada mais nada
menos do que pelo genial Niemeyer, para a terra de Araribóia! Uma inesquecível
turnê com curiosidades diversas e muita alegria.
As brincadeiras em casa, em tardes chuvosas
abrangiam da tradicional “casinha” aos desfiles de “modelos” em passarela
imaginária; das “adivinhas” aos jogos eletrônicos; do “chá das cinco” feito e
servido pelas crianças ao lanche especializado do Mc Donalds.
À noite histórias contadas pela tia avó,
dramatizadas pelas crianças, traziam o sono, os sonhos, a reposição de energias...
....
No casarão colonial de Campanha, é o
balanço de pneu pendurado na velha árvore que gera disputa entre os pequenos, a
formar fila. Cada qual quer ir mais alto que o outro. O vôlei e a “pelada” nos
campinhos do quintal servem para todas as idades, independente do tempo estar
bom ou ruim. O jogo na lama, embaixo de chuva tem platéia garantida das janelas
da sala. A barriga dói de tanta risada.
E o baralho? Todo dia é dia. Já virou
tradição. Na faixa etária de oito a oitenta, muitas vezes o interesse supera o
dos “games”.
E lá a galera tem primos e mais primos.
Aliás, na casa da praia do tio Gilson também tem: Primo irmão, primo do primo,
por parte só de pai ou de mãe e ainda os amigos deles que descem pro litoral em
janeiro.
....
Assim chegou o dia da “despedida das
férias”. Todos no atelier desenhando, pintando ou colorindo os convites. Era só
este o assunto: encerramento festivo com brincadeiras e jogos coletivos de
deixar vontade de reunir de novo; tudo por uma finalização marcante para a
“volta às aulas”.
A lista dos “combinados” foi elaborada por
e para todos se divertirem sem palavrões, encrencas, desobediências e disputas
inúteis; o cardápio idealizado de comum acordo, voltado para atrair olhares e
agradar paladares!
Pena não ter sido possível reunir todos os
primos na mesma localidade, mas na “rede social” e em tempo real apareceram: a
cidadezinha, o campo, a metrópole e o litoral, invadidos por música, conversas,
e sorrisos de felicidade de uma temporada de lembranças mil.
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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