agosto 10, 2020

Convivendo com um passivo-agressivo, o livro, capítulo 10.2

Atendendo a pedidos, cá estou eu dando continuidade ao resumão do livro do Dr. Scott no qual ele combina experiências de consultório, de amigos e observações sociais sobre a convivência com um passivo-agressivo.


Lembrando que nada substitui a leitura do livro do próprio autor. Esse texto tem a intenção de ser a base introdutória para um assunto complexo que merece ser relido várias vezes durante o longo e duro processo de amadurecimento.


Elogio ou um insulto passivo-agressivo.
É mesmo difícil de saber.


A bordo do trem do insulto

O passivo-agressivo é arrogante e facilmente insulta os outros que geralmente nunca saberão o que ele realmente pensa. Ele precisa ser constantemente persuadido e lembrado de sua importância. Alguns chefes pedem para a secretária interromper reuniões com mensagens urgentes que fazem o visitante achar que está diante de alguém imprescindível.


Se recusando a tomar decisões

Inclinado a ficar em cima do muro, ele vai concordar com você quando estiverem sozinhos. Contudo, vai se fazer de desentendido quando estiverem perto de seus adversários. Ele vai ter muita dificuldade em mandar pessoas embora, pois não quer ser o cara mau. Alguns preferem deixar que o funcionário perceba que não tem mais valor na firma e saia por si mesmo. É um sádico e demorado processo.  

Ele não é um líder, então não peça para ser um.


Fazendo bonito com o chapéu alheio

Esse é outro jogo que ele é muito bom. Vai pegar crédito de outros com coisas que não fez, mas somente quando a ideia dá certo. Claro! Falta-lhe ética ao deixar que o colega seja injustiçado, mas ele age assim por não suportar sua própria impotência.

Mantenha cópias de emails e anotações sobre decisões e ideias que tenham a ver com você e ele. Mesmo que isso seja contra sua natureza, é o melhor a fazer. Essa atitude vai o conter, mas não vai mudar o comportamento dele. 

Às vezes é bem sutil...
Portland recicla!


O desvio eterno   

Mesmo quando ele próprio colocar datas para entrega de seus projetos, é provável que ele as descumpra. São tarefas menores, detalhes que não merecem atenção. Ainda assim ele vai desviar o foco para conversas no corredor e ligações desnecessárias que vão o convencer de que estava muito ocupado. Ele ama desvios e respostas fáceis que vão o levar ao outro grande problema: procrastinação.


Quando o passivo-agressivo trabalha para uma mulher
 
É fato que as executivas têm mais subordinados passivo-agressivos que seus parceiros executivos. Sua autoridade é constantemente testada e os funcionários se magoam mais facilmente do que quando trabalham para homens.

Isso acontece devido à memória que tem de uma mãe autoritária e super controladora comparado com seu pai ausente e fraco. No fundo, ele anseia que o homem seja forte e que a mulher seja fraca. Tanto é que ele acha que não colocar nenhum perigo aos chefes.


A empresa passivo-agressiva

As empresas também podem ser consideradas passivo-agressivas, acostumadas com maneiras indiretas de agir, burocracia e trabalho supérfluo. Para sobreviver dentro delas, você deverá ser o mestre da agressão passiva. É muito comum de se ver em departamentos governamentais onde funcionários pensam somente em termos do dia do pagamento, do plano de saúde e dos benefícios, ao invés do crescimento profissional, comprometimento com o trabalho bem feito e salário merecido.

A maioria dos trabalhos burocráticos estimulam esses comportamentos transformando a empresa em inércia pura. Muitos que lá trabalham "não fazem nada de errado, nunca" apenas obedecendo seus chefes e dizendo não para todo o cliente externo.

Essas são empresas fáceis de identificar pelo tempo improdutivo e a falta de poder de seus funcionários. Agendas egoístas que não se importam em atingir o objetivo a tempo, comunicação confusa, infidelidade e boas ideias que morrem na praia são outras características.

Assim funciona no dia-a-dia, o diretor passa uma ordem passivo-agressivamente para seus subordinados diretos que repassam ao segundo escalão a mesma ordem contaminando toda a empresa. Todos os funcionários se sentirão alienados e infelizes descontando nos colegas.


Finalmente

Apesar de existir em empresas, o comportamento é menos aceito neste ambiente. Esposa, amigos e familiares costumam tolerar muito mais. Devido ao ambiente impessoal, os colegas poderão falar abertamente com o passivo-agressivo para o fazer parar com os jogos ou cair fora.

O livro: Living with the Passive-Aggressive man; Coping with the Personality Syndrome of Hidden Aggression - from the Bedroom to the Boardroom, de Scott Wetzler, Ph.D. Em tradução livre Vivendo com o homem passivo-agressivo; Lidando com a Síndrome de Personalidade da Agressão Encoberta - da Cama à Sala de Reuniões. Autor: Scott Wetzler, Phd., New York, 1992.

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