Por Elisabeth Santos
Nosso “bebezão” completou oito meses fazendo um tanto de estripulia. Agora resolveu gargalhar sem nenhum incentivo que não seja este: ele grita vogais em vários tons e a babá repete, imitando-o. É semelhante a uma conversa onde um fala e o outro responde. Pelo visto... o neném acha um barato! No ponto de vista dele deve ser bem interessante.
Seja lá o que estiver expressando o adulto
repetir no mesmo tom poderá ser um entendimento no idioma próprio da
criancinha. Isso justificaria as gargalhadas!
Vai que esteja tentando dizer: - Estou
alegre com sua presença. O adulto imitá-lo está sendo entendido como: - Eu
também com a sua!
Fico imaginando...
Depois do banho é a hora do lanche.
Assentado bem firme com cinto de segurança em sua cadeira de menininho abre
a boca com satisfação sem deixar de acompanhar tudo à sua volta com o olhar
esperto: é a vovó juntando brinquedos que os dois espalharam; é o relógio de
parede que faz tique-taque; o papai em home office; a panela sendo mexida no
fogão ou os latidos de um cãozinho lá na rua. Nada disso chega a distrair o
bebê de sua agradável refeição. Quando a barriga está cheia, aí sim, põe pra
fora a última colherada com uma careta. Ainda não sabe dizer, mas se expressa
bem: - Aqui não cabe mais nada!
E ali assentado, ele permanece uns
minutos, para a cuidadora trocar os apetrechos da refeição por uma lata
colorida que o distrai. Gosta de movimentá-la tirando sons. Como gosta de
fazer barulho!
E chega a hora de uma soneca: coça os
olhos, choraminga, estica o corpo como se estivesse brigando com o irresistível
sono.
Dá um pouco mais de trabalho aguardar que o
neném durma. Parece não querer perder nada daquela vida boa.
E assim dormindo não parece mais o
molequinho sapeca que não tem sossego.
É um anjo caído do céu para renovar
as esperanças na Terra!
Que lindo!
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