setembro 04, 2020

Avó e neto

Por Elisabeth Santos


Muito fofo o netinho da vovó mais coruja do pedaço!

Já tem dois dentinhos e gosta de exibi-los sorrindo muito. Não para todos. Só para os conhecidos porque progrediu e já distingue rostos familiares de feições desconhecidas.

Tem o lado ruim... é capaz de chorar ao rever alguém conhecido, que desaparecido ficou no período de pandemia. Tem o lado bom... não pede colo para quem não conhece. Assim sendo, às vezes chega a se mostrar envergonhado e a gente acha que está fazendo charme ao esconder o rostinho com as mãos ou fechar os olhos e ir abrindo-os devagar, para sondar se a pessoa lhe é simpática ou não.

Na hora da refeição também demonstra suas preferências: o almoço vai bem com caldo de carne ou de feijão. No jantar, uma sopa de letrinhas com legumes. Gosta de uma variedade de frutas, sem ficar no repeteco para não enjoar. Por enquanto nada de biscoitos e guloseimas, então é melhor não ver outras crianças lanchando. Fica curioso para saber o que elas mastigam com boca boa.

Falando de curiosidades, ao completar oito meses e aprender a sentar-se e manter-se assentado sozinho, o neném quer participar de tudo que acontece ao seu redor. Estica o pescoço acompanhando com o olhar atento o que fazem as pessoas ao seu redor. Na hora de brincar quer objetos diferentes que façam barulho. Não bastam os brinquedos da sua caixa. Alguns utensílios de cozinha servem muito bem nessas horas. Quem já teve crianças em sua casa sabe como é atraente o celular, as chaves e até um bom livro. Melhor explicando, não precisa ser de gravura, ou leitura. Tem que ser livro resistente!

Outras novidades: sua banheira ficou pequena; vovó quer vê-lo assentadinho, mas há uma insistência em firmar-se de pé; faz festa para ir junto com quem sai de carro; aprecia o vento balançando as árvores e flores do jardim. Presta atenção no cantar dos passarinhos...

Vovó sempre vai achar que a alegria genuína é ter seus netinhos bem próximos! 




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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