setembro 11, 2020

Mesversário Ponto Oito

Por Elisabeth Santos



E chegou o dia em que o bebezão banhou-se assentado em sua banheira para mostrar a todos da casa ter conseguido sentar-se sem apoio. Foi aplaudido, elogiado, recebeu um mundo de carinho extra e muitos sorrisos. A bem da verdade ele não cabia mais deitado na banheirinha: com seus pezinhos ágeis derrubava os frascos de xampu e sabonete líquido. Agarrava-se fortemente às laterais da banheira para tentar sentir-lhe o gosto. Talvez para coçar a gengiva onde apontaria o primeiro dente...

 Adultos podiam imaginar, não examinar. O neném fechava fortemente a boca a qualquer tentativa de investigação. E todos à sua volta querendo ser o primeiro a ver a pequena grande novidade apontando!

O outro avanço, foi antes de completar seus oito meses. Nem assentava sozinho e queria experimentar imitar os adultos, ficando em pé. Ia frustrar todo mundo. Estavam ansiosos para vê-lo engatinhar. Tudo bem que cada filhote tenha seu próprio ritmo de desenvolvimento, mas pular etapa ninguém ali estava preparado para tal feito. É muito lindo ver o engatinhar de uma criança para alcançar seu interesse.

Quanto aos brinquedos próprios para sua idade, devagar vai trocando por outros nada convencionais. Bate as mãozinhas na superfície de cada um para ouvir sons diferentes. Joga as caixas, latas, e tampas do alto da cadeira de papinha só para ouvir o barulho. A babá ou quem faz o papel dela, está atento.

Quanto a papinha, ou alimentação sólida, bem esmagada, o rapazinho mostrou suas preferências logo de cara. Nada de frutas ácidas, verduras amargas.

 Legumes separados, carne picadinha, caldo de feijão ele gosta e rapa o prato. Aliás, entre uma colherada e outra... reclama. Bem debaixo de seu olhar, longe o suficiente de sua mãozinha ágil, está a tigelinha cheia de alimento. O tempo entre uma colherada e outra é mínimo, e assim mesmo o neném resmunga.

O que será que se passa em sua cabeça? Ninguém sabe ao certo...






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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora resolveu escrever e já publicou dois livros. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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