Quem sofre de doenças autoimunes ou autismo
tem resistência genética dao metabolismo da vitamina D. Sendo assim, o sistema
imunológico fica desregulado atacando o próprio organismo. Por isso mesmo vai
precisar de doses bem mais altas que as usuais para que a vitamina D possa agir
como um imunorregulador ou imunomodulador para controlar a doença autoimune,
por exemplo a esclerose múltipla, o lúpus, a artrite, psoríase, vitiligo,
diabetes tipo 1, espondilite, doença de Crohn e outras, bem como o autismo.
Assim pode evitar o uso de imunossupressores, corticóides e outros remédios que
têm graves efeitos colaterais.
Para fazer o Protocolo Coimbra,
o principal cuidado é retirar quase todo o cálcio da dieta (leite,
derivados e qualquer suplemento que o contenha) e tomar muita água ou outro
líquido, para que o excesso de cálcio seja eliminado pela urina. A vitamina D é
de baixa toxicidade. A única toxicidade em altas doses, é uma grande absorção
de cálcio dos alimentos. Se em excesso, ele pode se depositar nos tecidos moles
e causar doenças.
RESUMO DO PROTOCOLO COIMBRA P/ DOENÇAS
AUTOIMUNES OU AUTISMO:
1) Vitamina D3 em altas doses: As doses
costumam variar de 20.000 a 400.000 ui por dia, depende de cada pessoa. Mas a
dose padrão é de 1.000 ui por Kg por dia, o que, para uma pessoa de 70 Kg daria
70.000 ui por dia. E para uma criança de 20 Kg daria 20.000 ui.
Mas eu acho prudente iniciar com 500 ui por Kg
por dia, para qualquer idade. Para uma pessoa com 60 Kg, daria 30.000 ui
por dia. Se o PTH (exame de sangue do Paratormônio) não diminuir após 2 meses,
aí aumente a dose. E continue assim até o PTH baixar e a doença ser controlada
total ou parcialmente. Quando o PTH baixar, e ficar próximo do mínimo (de 4 a
10 pg/ml), significa que a dose está correta e a doença pode ser controlada. Se
o PTH baixar muito, e ficar abaixo de 4, significa que a dose de vitamina D está
alta e deve ser diminuída.
O Protocolo Coimbra indica vitamina D
manipulada, com 1.000 ui por gota, por uma questão de padronização. Se a pessoa
quiser usar em cápsulas tem o mesmo efeito. Eu prefiro usar a vitamina d
importada. Compro em potes com 360 cápsulas, de preferência da marca Healthy
Origins . Nos EUA, custa 15 a 20 dólares cada pote. No Mercado Livre, custa de
R$ 100,00 a R$ 150,00 o pote.
2) Cloreto de magnésio: Sachê ou potinho com
33 g: Diluir em 1 litro de água e tomar 1 a 4 copinhos de 50 ml por dia. Cada
copinho de 50 ml tem 200 mg de magnésio puro.
Ou em cápsulas de 500 mg, que costumam
conter de 60 a 70 mg de magnésio puro por cápsula: 3 a 12 por dia.
3) Ômega 3 - 1000 mg, que contenha EPA e
DHA mais elevados: 1 a 3 cápsulas por dia.
4) As outras vitaminas e minerais, eu não
uso. No lugar eu uso um polivitamínico que não tenha cálcio.
5) Pelo menos 2,5 litros de água ou outro
líquido por dia.
6) O Protocolo Coimbra não faz restricão ao
glúten.
Obs.: Se a pessoa tiver problemas renais, o
tratamento deve ter acompanhamento obrigatório de um médico especializado no
protocolo.
*O criador do protocolo, Dr. Cícero Galli
Coimbra disse que, 95% do sucesso é proveniente da Vitamina D.
Podemos concluir, que se for preciso, podemos
usar só a vitamina D e fazer a dieta de restrição de cálcio e hidratar
bastante.
Dois requisitos são obrigatórios para fazer o
tratamento:
1) Seguir uma dieta restritiva de cálcio leite
e seus derivados.
2) Ingerir no mínimo 2,5 litros de água, ou
outro líquido, diariamente, para que o excesso de cálcio seja eliminado pele
urina.
Exames laboratoriais são realizados para
controle, tais como:
1) Vitamina D (25-OH-D): Se o resultado da
vitamina D ficar acima do máximo da referência do laboratório (acima de 100
ng/ml), não se preocupe, pois é assim mesmo. Deve subir até o PTH baixar.
2) Paratormônio (PTH): É o marcador da dose de
vitamina D. Deve baixar e ficar próximo do mínimo, isto é, de 4 a 10 pg/ml,
para que a doença seja controlada. Se estiver médio ou alto, é sinal que
precisa aumentar a dose de vitamina D. Se o PTH baixar muito, e ficar
abaixo de 4, significa que a dose de vitamina D está alta e deve ser diminuída.
3) Calciúria 24 h (cálcio na urina 24 h): Não
deve passar de 300 mg.
Obs.: Numa minoria dos pacientes que não foram
completamente beneficiados pelo tratamento foram identificados os seguintes
fatores interferentes:
1 - Persistência de alto grau de distúrbio
emocional (como irritabilidade e depressão, muitas vezes em reação à presença
de sequelas mais antigas potencialmente irreversíveis ou apenas parcialmente
reversíveis). O estado emocional positivo, otimista, parece favorecer
fortemente a recuperação de sequelas.
2 - Hábito de banhos excessivamente quentes.
3 - Tabagismo.
4 - Uso frequente bebida alcoólica,
especialmente destilados.
5 - Infecções frequentes, tais como infecções
urinárias de repetição decorrentes de bexiga neurogênica (temos tentado
desenvolver estratégias preventivas).
MÉDICOS DO PROTOCOLO COIMBRA:
Infelizmente menos de 1% dos médicos conhecem
o Protocolo Coimbra. Mas há médicos treinados nas grandes cidades do Brasil e
do exterior.
DOSAGEM PARA QUEM NÃO TEM DOENÇA AUTOIMUNE:
A dose média costuma ser de 150 ui por kg por dia. Para bebês dá de 500
a 2.000 ui por dia, para crianças de 2.000 a 5.000 ui e para adultos de 5.000 a
10.000 ui por dia. Para estas doses normais, não é preciso fazer dieta de
restrição de cálcio.
ATENÇÃO
Todo o material escrito na seção ALERGIA tem somente a intenção de informar com referências. Você não deve
de jeito algum deixar de conversar e comunicar seu médico sobre suas decisões
de trocar ou parar de tomar qualquer remédio, suplemento ou começar a fazer
qualquer tratamento diferente do que foi passado por ele. Por favor, use o bom
senso, faça sua própria pesquisa. Consulte seus especialistas quando resolver
fazer alguma substituição que afete sua vida.
REFERÊNCIAS:
Dr. Cícero Galli Coimbra
Dr. Michael Holick
Dr.
John Cannell
Vitamina
D Brasil
Protocolo
Coimbra
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