janeiro 22, 2019

Vamos às compras

Por Elisabeth Santos
Beth numa fila do dia de Black Friday.
Aqui no Brasil chamamos de Shopping Center o prédio que abriga diversos pontos comerciais, com área comum para refeições (praça de alimentação); cinema e outros entretenimentos; segurança; banheiros; estacionamento e algum serviço de utilidade pública.

Nos Estados Unidos um local com essas características é chamado Mall. Shopping Center americano, em geral, é um espaço semelhante a uma praça, estacionamento ao ar livre e cada prédio é um ponto comercial, de compras de todo e qualquer tipo: supermercado, restaurante e lazer. Num Shopping Center desses pode existir um Mall, ou até mais.

Lá as vitrines são atualizadas com maior frequência, pois além do que comemoramos aqui, existe o Dia da Independência para se vender bandeirolas e mil e um objetos decorativos com as cores do pavilhão nacional; o dia de Ação de Graças quando as famílias se reúnem; o Halloween que nós copiamos e “pegou” em certas regiões do Brasil.


Até o dia das compras com grandes descontos nos preços das mercadorias, ofertas do tipo “compre um, leve dois”, brindes e facilidades no pagamento, que tem o curioso nome de Black Friday. Nesta data, a indústria e o comércio esperam tirar a contabilidade do “vermelho” em que possa estar e passar para o preto da tinta da caneta que indica lucro.

O dia nacional de renovar sua casa serve também para aquisição dos presentes de Natal. Lucram todos! Lucram tanto que em muitas cidades o Black Friday se estende para uma semana, ou mês inteiro de boas ofertas. Fica claro que alguns artigos nunca são alvo de descontos. Procuro uma boa máquina de costura por preço módico, mas não acho. Um aparelho eletrônico conhecido no mundo por data show... também não achei naquela loja.

E as filas às portas dos grandes magazines geram também empurrões. Lá dentro alguns fregueses poderão estar disputando o mesmo “objeto de desejo” aos puxões. Enfim, tudo termina bem principalmente se esses tais aparecem nos noticiários e se envergonham do ocorrido.


As lojas, sabendo da possibilidade de tumulto, evitam o pior organizando as filas no ambiente de vendas, reforçando a segurança interna. Policiais, responsáveis pela ordem pública, acrescentam viaturas nas áreas externas, organizam as filas do lado de fora, que geralmente começam bem antes do horário da abertura; separam-nas de acordo com os setores das compras. Dessa maneira evitam atropelos de quem adquire máquina de lavar com quem apresenta interesse num unicórnio gigantesco de pelúcia. Pensaram na possibilidade de um ser engolido pelo outro? Uma tragédia para sair na primeira página do noticiário local, prejudicando o dia máximo do consumidor! Ou seria data maior do vendedor? Vamos às compras já combinados: Ótimo dia para todos!


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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia". 

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