Por Elisabeth Santos
Beth numa fila do dia de Black Friday. |
Aqui
no Brasil chamamos de Shopping Center o prédio que abriga diversos pontos
comerciais, com área comum para refeições (praça de alimentação); cinema e
outros entretenimentos; segurança; banheiros; estacionamento e algum serviço de
utilidade pública.
Nos
Estados Unidos um local com essas características é chamado Mall. Shopping
Center americano, em geral, é um espaço semelhante a uma praça, estacionamento
ao ar livre e cada prédio é um ponto comercial, de compras de todo e qualquer tipo:
supermercado, restaurante e lazer. Num Shopping Center desses pode existir um
Mall, ou até mais.
Lá
as vitrines são atualizadas com maior frequência, pois além do que comemoramos
aqui, existe o Dia da Independência para se vender bandeirolas e mil e um
objetos decorativos com as cores do pavilhão nacional; o dia de Ação de Graças
quando as famílias se reúnem; o Halloween que nós copiamos e “pegou” em certas
regiões do Brasil.
Até
o dia das compras com grandes descontos nos preços das mercadorias, ofertas do
tipo “compre um, leve dois”, brindes e facilidades no pagamento, que tem o
curioso nome de Black Friday. Nesta data, a indústria e o comércio esperam
tirar a contabilidade do “vermelho” em que possa estar e passar para o preto
da tinta da caneta que indica lucro.
O
dia nacional de renovar sua casa serve também para aquisição dos presentes de
Natal. Lucram todos! Lucram tanto que em muitas cidades o Black Friday se
estende para uma semana, ou mês inteiro de boas ofertas. Fica claro que alguns artigos
nunca são alvo de descontos. Procuro uma boa máquina de costura por preço
módico, mas não acho. Um aparelho eletrônico conhecido no mundo por data
show... também não achei naquela loja.
E
as filas às portas dos grandes magazines geram também empurrões. Lá dentro
alguns fregueses poderão estar disputando o mesmo “objeto de desejo” aos
puxões. Enfim, tudo termina bem principalmente se esses tais aparecem nos
noticiários e se envergonham do ocorrido.
As
lojas, sabendo da possibilidade de tumulto, evitam o pior organizando as filas
no ambiente de vendas, reforçando a segurança interna. Policiais, responsáveis
pela ordem pública, acrescentam viaturas nas áreas externas, organizam as filas
do lado de fora, que geralmente começam bem antes do horário da abertura;
separam-nas de acordo com os setores das compras. Dessa maneira evitam
atropelos de quem adquire máquina de lavar com quem apresenta interesse num
unicórnio gigantesco de pelúcia. Pensaram na possibilidade de um ser engolido
pelo outro? Uma tragédia para sair na primeira página do noticiário local,
prejudicando o dia máximo do consumidor! Ou seria data maior do vendedor? Vamos
às compras já combinados: Ótimo dia para todos!
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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