janeiro 29, 2019

Café com Pão

Por Elisabeth Santos

Vai um cafezinho aí?
 
Primeira refeição do dia, café com pão é tudo de bom (ou “bão” se quisermos rimar). Café vai bem a qualquer hora! Depois do almoço, na merenda da tarde, após o jantar. Em hora de puxar o ronco talvez não... Sabemos que costuma afastar o sono. Em sua origem está a história do pastor e seu rebanho de carneirinhos. Estes comiam as frutinhas vermelhas e adocicadas do até então desconhecido cafeeiro, e saiam pulando, agitados, pelo pasto dando um trabalhão ao coitado do bom pastor, e do lobo mau também.
 
De manhã, café com leite, acompanhados de pão, manteiga, e outros produtos lácteos dão mais vitalidade a toda a família.
 
Chamamos de Café, e para o Café, mas nem sempre é ele que está à mesa. Café virou sinônimo da refeição da manhã:
 
_ O café está servido, gente!

No hotel também é desse tipo. Um aviso escrito “O café será servido das sete às onze horas” pode significar um Buffet completo onde demoramos a encontrar a garrafa térmica de café em meio a tantos outros líquidos, cremes, iogurtes, vitaminas de frutas, e também pães, tortas, tapiocas e bolos.

Sobre os tipos de café bebido na xícara, dependendo do lugar onde estamos, nem vamos conseguir enumera-los tamanha é a variedade. Também podemos inovar de acordo com a temperatura ambiente. E as receitas, para os apreciadores, vão de cerveja a mousse, passando por balas, bombons e sorvetes. Haja criatividade!
 
Se, do boi aproveita-se tudo, até o berro para fazer buzina... Podemos aproveitar tudo de um pé de café e seus frutos também.
 
Nas regiões onde o plantio predomina, facilmente identificamos: arranjos decorativos a partir do contraste verde, branco, amarelo ou vermelho; artesanato feito com os galhos secos; objetos e pequenas esculturas de uma massa misturada à palha dos grãos; e o restante ainda é aproveitado na lavoura, ou para acender fogão a lenha, lareira etc.
 
Cultivar café movimenta a economia, é claro! Desde o preparo da terra até a exportação exige: conhecimento, tecnologia, mão de obra especializada ou não. Na época da colheita, ficamos sem empregadas domésticas e diaristas; sem jardineiro e limpador de quintal; alguns alunos começam a faltar às aulas; até vovôs saem de sua zona de conforto pretendendo fazer um dinheirinho extra. As creches sim ficando mais cheias, criam mais vagas e contratam mais cuidadoras.
 
Esperamos muito das plantações, mas os frutos maduros não esperam. Tem que ser colhidos nos pés antes de cair e trazer prejuízo!


Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".    

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