janeiro 11, 2019

Pique-nique à beira do lago

Por Elisabeth Santos

Primeiro tive de entender que o lago se formou pela água do riacho represado. Por isso a cachoeira em seguida. Ali perto deixamos estacionado o carro, seguimos um caminho para então descermos a escadaria de pedra e troncos, podendo apreciar a água caindo, ouvindo sua sonoridade, respirando a umidade no ar e sentindo as gotinhas trazidas pelo vento.

Atravessamos então a pequena ponte, entalhada na madeira rústica, que levava a uma trilha. Depois de caminhar um pouco percebemos a entrada de outra, e mais outras trilhas, porque pessoas apareciam aqui e ali.

Até que poderíamos experimentar uma novidade, porém achamos mais seguro ir de acordo com o combinado, e o mapa que tínhamos à mão.

_ Vai que a gente entra num beco sem saída? Ou entra na mata sem cachorro... e andando até cansar não encontra o lugar adequado para o pique nique? E se perdêssemos de vista o lindo lago, que graça ia ter?

Reparamos que alguns cães acompanhavam seus donos. Num dia bonito, porem frio como aquele, eu é que não haveria de querer ficar por ali até de noite sabendo que o sol estaria indo dormir mais cedo, para acordar mais tarde. Outono naquele pedaço tinha cara de inverno.

E continuamos a caminhada pensando numa volta entorno do lago, mas não. A bela paisagem, com água dourada pelos raios de sol, vegetação variada em tamanho, formas e cores era um convite à meditação. Paramos também outras vezes para atirar pedrinhas que tentariam ir pela superfície da água. A maioria afundava formando círculos. Tudo bem!

Por fim, com apetite para devorar tudo que tínhamos levado na cesta do pique nique, chegamos ao local adequado de mesas e bancos. Até uma máquina de vender bebidas encontramos! Colocando a moeda, apertamos o botão “água” e nada caiu onde deveria. Apertando o próximo... nada! E na última tentativa, veio um suco de fruta geladinho. Valeu!

Só não completamos a volta ao lago por não enxergarmos onde ele terminava. Parecia muito, muito extenso mesmo para continuarmos. Dali resolvemos voltar pela mesma trilha, se é que trilhas continuam as mesmas.

Nem o rio é o mesmo quando se passa de volta sobre a mesma ponte!


Paris Mountain Park fica na cidade de Greenville, Carolina do Sul, EUA.


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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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