Por Elisabeth Santos
Primeiro tive de entender que o lago se formou pela
água do riacho represado. Por isso a cachoeira em seguida. Ali perto deixamos
estacionado o carro, seguimos um caminho para então descermos a escadaria de
pedra e troncos, podendo apreciar a água caindo, ouvindo sua sonoridade,
respirando a umidade no ar e sentindo as gotinhas trazidas pelo vento.
Atravessamos então a pequena ponte, entalhada na
madeira rústica, que levava a uma trilha. Depois de caminhar um pouco
percebemos a entrada de outra, e mais outras trilhas, porque pessoas apareciam
aqui e ali.
Até que poderíamos experimentar uma novidade, porém
achamos mais seguro ir de acordo com o combinado, e o mapa que tínhamos à mão.
_ Vai que a gente entra num beco sem saída? Ou entra
na mata sem cachorro... e andando até cansar não encontra o lugar adequado para
o pique nique? E se perdêssemos de vista o lindo lago, que graça ia ter?
Reparamos que alguns cães acompanhavam seus donos. Num
dia bonito, porem frio como aquele, eu é que não haveria de querer ficar por
ali até de noite sabendo que o sol estaria indo dormir mais cedo, para acordar
mais tarde. Outono naquele pedaço tinha cara de inverno.
E continuamos a caminhada pensando numa volta entorno
do lago, mas não. A bela paisagem, com água dourada pelos raios de sol,
vegetação variada em tamanho, formas e cores era um convite à meditação.
Paramos também outras vezes para atirar pedrinhas que tentariam ir pela
superfície da água. A maioria afundava formando círculos. Tudo bem!
Por fim, com apetite para devorar tudo que tínhamos
levado na cesta do pique nique, chegamos ao local adequado de mesas e bancos.
Até uma máquina de vender bebidas encontramos! Colocando a moeda, apertamos o
botão “água” e nada caiu onde deveria. Apertando o próximo... nada! E na última
tentativa, veio um suco de fruta geladinho. Valeu!
Só não completamos a volta ao lago por não enxergarmos
onde ele terminava. Parecia muito, muito extenso mesmo para continuarmos. Dali
resolvemos voltar pela mesma trilha, se é que trilhas continuam as mesmas.
Nem o rio é o mesmo quando se passa de volta sobre a
mesma ponte!
Paris Mountain Park fica na cidade de Greenville, Carolina do Sul, EUA. |
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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