© Simon Lawrence | Dreamstime Stock Photos |
Sempre que me perguntam o que leio faço uma breve análise enquanto respondo. Gosto de assuntos que sejam úteis e os leio nos lugares que aparecem. Quando me interessa, ignoro a plataforma - nunca a referência. Ultimamente folheio tudo sobre sensibilidades alimentares, pesquisas de ponta que ainda estou digerindo; design, compulsivamente um pouco de tudo; e uns escapismos, meus favoritos.
Os prediletos são uns novelistas do passado (não é coisa de novela das oito!) como Fyodor Dostoyevsky no Sonho de um Homem Ridículo. Quanto mais rumino sobre essa leitura mais identifico as questões cotidianas. Escolhas, angústias, remorso, risco, medo e alívio.
O homem, seja ele ridículo ou não, é responsável pelas escolhas da sua vida e livre para traçar seu destino de acordo com as suas escolhas.
Soa triste, mas não devia ser.
Então por que parece triste?
Porque escolhas são complexas e difíceis. Para escolher você deve atribuir valor e para fazer isso precisa ter referências que às vezes são contraditórias. Falta de referências ou contradições confundem a vida de qualquer um. É neste momento que surge a angústia. Às vezes ela vem acompanhada do desalento. Experiências prévias que nos deixaram sonhando que outras direções seriam mais sensatas.
Angústia é um sentimento constrito, apertado, de quem tem escolha. Porque se não tivesse não estaria inquieto, seria e pronto. Mas nós, como o tal Homem Ridículo, não somos escravos da nossa natureza. Escolhendo um caminho e jogamos no lixo todas as outras possibilidades que não vamos viver a não ser em sonho.
Porque escolhas são complexas e difíceis. Para escolher você deve atribuir valor e para fazer isso precisa ter referências que às vezes são contraditórias. Falta de referências ou contradições confundem a vida de qualquer um. É neste momento que surge a angústia. Às vezes ela vem acompanhada do desalento. Experiências prévias que nos deixaram sonhando que outras direções seriam mais sensatas.
Angústia é um sentimento constrito, apertado, de quem tem escolha. Porque se não tivesse não estaria inquieto, seria e pronto. Mas nós, como o tal Homem Ridículo, não somos escravos da nossa natureza. Escolhendo um caminho e jogamos no lixo todas as outras possibilidades que não vamos viver a não ser em sonho.
Então a tristeza é sempre a respeito da condição que preferimos habitar. Ninguém fica triste pela vida que não saboreou. Não é lógico. Pode sim, se arrepender por não ter experimentado, mas isso não é tristeza. Chama-se arrependimento, lamentação, remorso e pode sim, vir carregado de desgosto por uma possível infeliz escolha. Como saber se de fato foi?
No geral, nos atormentamos porque estamos em posição superior aos outros seres que não podem escolher. Bichinhos fofinhos não escolhem aparecer no seu feicibuk fazendo poses estrambólicas. Eles simplesmente estão lá, juntamente com as crianças.
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Isabela: designer, estudou psicologia clínica, especialista em tecidos automotivos, trabalha inclusive com análise de tendências de design e comportamento humano. Está morando fora do país, por isso gosta de compartilhar as coisas interessantes que encontra por ai.
Isabela: designer, estudou psicologia clínica, especialista em tecidos automotivos, trabalha inclusive com análise de tendências de design e comportamento humano. Está morando fora do país, por isso gosta de compartilhar as coisas interessantes que encontra por ai.
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