julho 24, 2020

O baby quer participar

Por Elisabeth Santos



Rafinha está com sete meses e quer participar de tudo à sua volta: vira-se para verificar de onde vem a voz que pronuncia seu nome; sorri reconhecendo a pessoa; balança os bracinhos ou estende as mãos para tocar, pegar, beliscar, e se tem um objeto atraente leva à boca e morde que morde. Seus fiéis escudeiros tentam adivinhar se é dentinho apontando, mas não é. Curiosidade pura isto sim poderá ser.

Ele ainda não senta sozinho, porém se o colocamos na cadeira de almoço... No momento de sair quer ficar em pé.

Queremos vê-lo a engatinhar. Se está de bruços, num colchão firme, ele suspende a cabeça. A gente pensa que vai, mas só que não. Literalmente... O neném deita e rola. Tudo que faz, é um deleite para quem está por perto.

Hora do jantar, legumes amassados com caldo, e no intervalo entre uma colherada e outra resmunga apressado. Come fruta de sobremesa. Bebe um golinho de água, arrota e dali a pouco está dormindo.

De seus brinquedos tem preferência por aqueles bem coloridos, que emitem som quando apertados e dos que pode levar à boca. Peludos não. Dão-lhe arrepios.

Na banheira descobrimos que há de ser colocado o patinho de borracha para distrair o baby. Muito simples. Se não tiver brinquedo... Chuta o frasco de xampu, derrama o sabonete com a mão. Adora tomar banho e ao final, para despedir... Inventa de espirrar água nos outros e sorri feliz com sua arte. Gosta de ouvir risadas por perto.

Outro dia agitava as mãos uma no sentido da outra. Demos uma ajuda e para nossa surpresa (haja corujice) Rafinha bateu palmas!

Todo mundo incentivou aquele aprendizado e já estão querendo que ele aprenda o tchau. Sendo assim esperto logo mais estarei colocando aqui “Tchau gente! “.




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora resolveu escrever e já publicou dois livros. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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