Rafinha está com sete meses e quer
participar de tudo à sua volta: vira-se para verificar de onde vem a voz que
pronuncia seu nome; sorri reconhecendo a pessoa; balança os bracinhos ou
estende as mãos para tocar, pegar, beliscar, e se tem um objeto atraente leva à
boca e morde que morde. Seus fiéis escudeiros tentam adivinhar se é dentinho
apontando, mas não é. Curiosidade pura isto sim poderá ser.
Ele ainda não senta sozinho, porém se
o colocamos na cadeira de almoço... No momento de sair quer ficar em pé.
Queremos vê-lo a engatinhar. Se está de
bruços, num colchão firme, ele suspende a cabeça. A gente pensa que vai, mas só
que não. Literalmente... O neném deita e rola. Tudo que faz, é um deleite para
quem está por perto.
Hora do jantar, legumes amassados com
caldo, e no intervalo entre uma colherada e outra resmunga apressado. Come
fruta de sobremesa. Bebe um golinho de água, arrota e dali a pouco está
dormindo.
De seus brinquedos tem preferência
por aqueles bem coloridos, que emitem som quando apertados e dos que pode
levar à boca. Peludos não. Dão-lhe arrepios.
Na banheira descobrimos que há de ser
colocado o patinho de borracha para distrair o baby. Muito simples. Se não
tiver brinquedo... Chuta o frasco de xampu, derrama o sabonete com a mão. Adora
tomar banho e ao final, para despedir... Inventa de espirrar água nos outros e
sorri feliz com sua arte. Gosta de ouvir risadas por perto.
Outro dia agitava as mãos uma no
sentido da outra. Demos uma ajuda e para nossa surpresa (haja corujice) Rafinha bateu palmas!
Todo mundo incentivou aquele
aprendizado e já estão querendo que ele aprenda o tchau. Sendo assim esperto
logo mais estarei colocando aqui “Tchau gente! “.
--
Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora resolveu escrever e já publicou dois livros. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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