dezembro 13, 2019

Segunda-feira

Por Elisabeth Santos



Quando olho para trás e consigo enxergar personalidades que estiveram em meu trajeto e das quais me desviei “_Graças a Deus” - penso que posso encontra-las em outro dia da semana e acrescentar: “_ Tomara que estejam bem, e não precisem importunar-me mais!”

Então o “_Deus me livre” que eu haveria de dizer transforma-se em “_Quem me dera”!

Assim sendo, na terça feira toparíamos casualmente, e eu poderia (em pensamento) até exclamar: “_Como foi importante aquele momento anterior. Ensinou-me a lidar com a maldade, maledicência, e outros males que venham de pessoas falsas que se aproximam da gente para criticar, zoar ou zombar”.

Na quarta feira, por força de um sorteio, estaríamos no mesmo grupo de debate sem precisarmos nos desgastar com a empatia inexistente. As ideias eram divergentes, mas por estarmos em um estudo, tínhamos de chegar a um ponto em comum. Valemo-nos das alternativas, e no momento da Plenária nos saímos bem. Tanto poderia ser encontro (ou desencontro) numa reunião de trabalho, condomínio ou até mesmo familiar.

Na quinta feira, todos em busca de soluções ambientais para o momento presente, pensamento lá adiante, no futuro pretendido, vem à tona uma diferença individual.

Foi muita discussão em torno de algo perturbador que voltava (e revoltava) sem que nem por quê.

Assim chegou o fim de semana libertador.

Sábado, dia de encerramento. Domingo o merecido descanso.

Na vida, o ensinar e o aprender não nos dão folga. Todo dia será dia de bom combate. Não se exige pré-requisito, embora a recomendação seja cabível:

_ Atenção, bastante atenção bem no início da conversa. O interpelador que observa e lhe diz que a gola da sua roupa está virada, está querendo ajuda-lo. Caso ele insinue (sem coragem de verbalizar) que você está agindo erroneamente e que precisa “deletar” todo o apreendido, e reaprender (preferencialmente com ele)... está usando (ou abusando) de autoridade.

Uma semana será pouco para que a mudança ocorra. Quem sabe um mês, um ano, ou uma vida?

Gente que acha sempre que o problema é o outro, ou não reside em si, deve se reprogramar para o aceite das diferenças, e divergências necessárias. Não é só com fogo alto que se forja a matéria. Pode-se esculpir, modelar, remodelar e fazer ajustes quando se trata de “ser humano”. Quem faz isto é a própria pessoa com vontade própria. Assim tem sido na escola da vida.

Até um neném, que tem muito a aprender no mundo, nos dá lições de vida o tempo todo. Creia!






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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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