Por Elisabeth Santos
Ontem o distinto casal da casa ao lado ouviu um chamado no portão e foram ver do que se tratava. Era o vizinho da casa da frente, que assustado falava meio apavorado:
_ Olha Sô Levi e Dona Bel tem um jacaré pequeno entrando aí no jardim de vocês. Eu estava em casa e vendo pela janela um bicho atravessando a rua em direção à nossa casa, pensei em impedi-lo de entrar. Saindo para espantá-lo, ele correu de mim e entrou aí. Vim avisar vocês que o bicho é perigoso. Ataca rodopiando para atingir com o rabo as pessoas por perto.
E o Levi responde:
_ Ah... o lagarto mora aqui.
_ Dentro de casa?
_ Não. No cano de PVC que leva água da chuva.
E eu: _ Ele é nosso de estimação.
_ Credo em cruz, aff Maria...
Eu:_ Podexá que vou falar com ele para não sair na rua pois é perigoso.
E ficamos assistindo o teiú voltar correndo pra toca.
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Mais tarde aconteceu de novo e estava um amigo do Levi ao porão. Bel corre atrás do pet falando bem brava:
_ Trata de obedecer a gente: já prá dentro!
O lagarto deu meia volta na hora.
Ou o calor ficou insuportável dentro do cano, ou o bicho saiu para explorar o ambiente...
CUIDADO TEIÚ TEM GENTE COM DINHEIRO PARA COMPRAR CARNE QUE GOSTARIA MUITO DE PROVAR ALGO DIFERENTE.
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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