Por Elisabeth Santos
É interessante observar certas pessoas corrigindo
outras. Se você observar mais atentamente irá perceber que aquela não é
inteiramente ela. Poderá então concluir que a imagem que ela faz de si não
corresponde ao que se vê externamente da sua pessoa. O engraçado numa situação
desta é que a cara de espanto não vem primeiramente de quem, você observador
atento, espera. Lá na primeira fila, há alguém que não consegue disfarçar sua
incredulidade.
Até esta do “gargarejo” parece se indagar: “_ Meu
Deus, o que estou fazendo aqui”?
Exemplificando radicalmente, e mal comparando, o que
se está ouvindo ali é o seguinte: “_ Vamos todos poupar água na higienização da
casa”. – só que a frase vem da boca de quem tinha a responsabilidade de
preservar um rio e não o fez!
Acho que deu para entender.
Existem casos corriqueiros, de pessoas excessivamente
vaidosas, que muito se enfeitam e zombam de outras que não o fazem. Elas querem
se mostrar mais bonitas do que são, pois na atualidade boa aparência tem muita
serventia. Só não veem que a zombaria gratuita não se faz necessária.
Muitas atitudes vistas hoje em dia decorrem do pouco
tempo que se dispensa na convivência saudável com o outro, o seu semelhante. E
também fica engraçado nunca se dispor de tempo para os relacionamentos sócio
emocionais sendo que, máquinas e robôs ajudam tanto no cotidiano da gente...
E fica-se aqui avaliando o que seria pior: _ Encontrar
alguém que deseja enganar a si próprio, sem conseguir, ou se deparar com um
“lobo em pele de cordeiro” enganando um rebanho inteiro...
“Ser ou não ser, eis a questão” Hamlet ou
Shakespeare.
Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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