setembro 27, 2019

A imagem que cada um faz de si


Por Elisabeth Santos


É interessante observar certas pessoas corrigindo outras. Se você observar mais atentamente irá perceber que aquela não é inteiramente ela. Poderá então concluir que a imagem que ela faz de si não corresponde ao que se vê externamente da sua pessoa. O engraçado numa situação desta é que a cara de espanto não vem primeiramente de quem, você observador atento, espera. Lá na primeira fila, há alguém que não consegue disfarçar sua incredulidade.
Até esta do “gargarejo” parece se indagar: “_ Meu Deus, o que estou fazendo aqui”?

Exemplificando radicalmente, e mal comparando, o que se está ouvindo ali é o seguinte: “_ Vamos todos poupar água na higienização da casa”. – só que a frase vem da boca de quem tinha a responsabilidade de preservar um rio e não o fez!

Acho que deu para entender.

Existem casos corriqueiros, de pessoas excessivamente vaidosas, que muito se enfeitam e zombam de outras que não o fazem. Elas querem se mostrar mais bonitas do que são, pois na atualidade boa aparência tem muita serventia. Só não veem que a zombaria gratuita não se faz necessária.

Muitas atitudes vistas hoje em dia decorrem do pouco tempo que se dispensa na convivência saudável com o outro, o seu semelhante. E também fica engraçado nunca se dispor de tempo para os relacionamentos sócio emocionais sendo que, máquinas e robôs ajudam tanto no cotidiano da gente...

E fica-se aqui avaliando o que seria pior: _ Encontrar alguém que deseja enganar a si próprio, sem conseguir, ou se deparar com um “lobo em pele de cordeiro” enganando um rebanho inteiro...

“Ser ou não ser, eis a questão” Hamlet ou Shakespeare.



Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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