setembro 20, 2019

Café da Amizade

Por Elisabeth Santos


De vez em quando reunimo-nos com amigos para um cafezinho informal. Se alguém sugere que cada qual leve um petisco... O tal cafezinho vira festa. Simples assim:

Uns trazem rosca e bolo; outros, bolachinhas assadas e bolinhos fritos, e na verdade a mesa para o qual fomos convidados fica parecendo vitrine de padaria. Tem variedade de queijos artesanais ou não; refrescos, salada de frutas, e pelo menos as duas garrafas térmicas com café com, e sem açúcar; leite na caixinha.

Esta seria uma tarde de muitas narrações de fatos verdadeiros, se bem que exagerados, e de causos que fazem os amigos “morrer de rir”. Com permissão poética ou não, de alguns ou da maioria, ao redor daquela mesa alguém inventa de falar besteiras, outros querendo comentar política, futebol, cor e amor. Nessas horas sempre tem mais alguém que se levanta da cadeira e vai dar uma voltinha; de vez em quando algum outro nem retorna para mais um gole de café preto. Ao final ficarão todos bem. É amizade de muitos outros cafezinhos, muito sal degustado juntos. Sabem do que se trata? Ninguém come um punhado de sal puro. Não é alimento! Se você chegou a comer sal junto com outra pessoa, quer dizer apenas que houve ali convívio duradouro.

E assim prossegue o dia da amizade regado a café com bolinho.

Dali saem todos mais animados, não antes de marcarem um próximo encontro.

Agora sim poderá haver debate, que começa com um a fazer convite para acamparem a margem do ribeirão para uma pesca. As mulheres rejeitam por saberem de antemão que vão ter muito trabalho, pouca diversão. Tipo “muita rima pouca poesia”.

Outro amigo resolve convidar a mesma turma ali presente para assistir futebol no estádio. Outra polêmica pelos que torcem por times rivais.

Por fim alguém tem outra brilhante ideia: _ Quem sabe os colegas ali topam se encontrarem para um bate papo numa cafeteria legal? Poderia ser interessante... Nenhum trabalho, gasto razoável, muito “papo furado”.

Afinal ninguém se embriaga com café e seus congêneres.




Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Leave your comments here.