Por Elisabeth Santos
Passa anel é uma brincadeira em que crianças se
divertem tentando adivinhar com quem estaria o objeto deixado em suas mãos pelo
líder.
Os participantes ficam com as mãos fechadas, e quem
tem o anel passa de mãos em mãos só o largando, disfarçadamente, com a pessoa
que achou que deveria deixar. Todos ficam atentos, com mão direita espalmada na
mão esquerda, sentados e calados, até que o passador do anel aponte um
participante e pergunte:_ Com quem ficou o anel? Revezando desta forma aquele
que acertou, com quem estava a passa-lo. Assim a brincadeira continua até as
crianças se cansarem do jogo e pedirem outro, outro, e mais outro.
Adultos não costumam brincar de passa anel, mas jogam
com diferentes elementos numa roda sem fim: _ Quem inventou a notícia falsa e
repassou primeiro... Quem sugeriu apelido ofensivo para determinado colega...
Quem escondeu seu mal feito, pondo em dúvida aos amigos ou aos familiares, sua
“façanha”... E assim por diante, num jogo sujo de: _Com quem está a culpa? Um
acusando o outro sem que alguém assuma a responsabilidade do que fez, dando
início a um mal entendido.
Mal entendidos poderão trazer desavenças mesmo com
tentativas de diálogos entre partes envolvidas. No mínimo há de ficar um clima
de desconfiança.
Existem no mundo de diferentes, muitas coisas que não
são iguais, sem que sejam visíveis. Uns aprendem que “dedurar” é atitude
válida; outros acham que para beneficiar quem necessita, tem que prejudicar
quem eles sabem ter paciência de sobra. Ainda existem alguns, que seguindo ora
uns ora outros, não tem certeza de nada, mas acompanham para receber vantagens
de todos os lados. Com isto confundem tudo em torno.
Dentre todos os pensamentos pessoais, gerados ou não
desde o berço, estão os que prejudicam tendo ciência de que estão fazendo
errado, sob um sol que nasceu para todos.
Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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