Por Elisabeth Santos
É “Open Studios” ou “Free Studio Tours”!
Em Greenville
(S.C) acontece num fim de semana em que o distinto público apreciador de Artes
é convidado a visitar o artista plástico em seu local de trabalho. Lá poderá
acompanhar o processo criativo e de feitura da arte plástica, observar o que
está exposto, adquirir alguma peça que seja do seu agrado.
Mostras culturais como essas, não são muito comuns, e atraem pessoas diferentes, com o mesmo interesse que é apreciar, aprender ou simplesmente matar uma curiosidade sobre o trabalho artístico. Há quem pense em mil e uma facilidades, mas não constata ser bem assim ao se deparar com os dez por cento de inspiração mais os noventa de transpiração gastos no acabamento de uma pintura, peça de cerâmica, madeira, metal nobre ou não. A propósito, o estúdio de onde sai uma coleção temática de joias é dos mais envolventes. Ali tem que se pensar na pessoa que irá usar o adereço, e como quer se sentir ao usá-lo! São peças que vão da delicadeza de uma asa de borboleta ao vigor de grilhões que fingem prender a musculatura mais viril.
Em se tratando de evento com adesão de 143 artistas em 89 locais diferentes fizemos uma seleção prévia em busca do que tínhamos planejado: decoração e presentes de Natal originais, assinados por profissionais criativos; Oficinas diferentes para sabermos de tendências; Momentos agradáveis de conversas com quem está sempre em busca do belo!
Assim sendo voltamos para casa satisfeitos, e com muitas informações preciosas. Sem dúvida, uma experiência inesquecível, única mesmo que não tenha sido nossa primeira ou última, porque Estúdio Aberto também significa inovação, novidade.
_ Cerâmica: apresentadas como utilitárias ou decorativas, desde peças minúsculas às enormes. Modelagens e modelos de rústicos aos colorizados, pintados à mão ou vitrificados, que toleram forno de micro ondas e máquina de lavar pratos.
_ Metal: forja em espaço adequado, com muito calor, fagulhas, e barulho donde saem peças as mais variadas. São armas brancas, inspiradas nas antigas de guerrear; grades arabescadas; estatuetas; suportes para plantas etc. Aproveitando o aquecimento da caldeira borbulhante, três outros artistas trabalhando tinturas de tecidos, confecção de roupas, inovando em trabalhos decorativos.
_ Pintura: abstrata, figurativa, orgânica, geométrica, minimalista, multicolorida, acadêmica ou moderna... era o que mais variedade tinha. Além disso, técnicas se misturavam: xilogravura, litogravura e em metal também; quadros em telas de texturas diversas; tintas artesanais e industrializadas de todo tipo; todas as formas e tamanhos, mais a possibilidade de se encomendar para um ambiente menos convencional. Em cada Atelier, a oportunidade de se discutir e aprender sobre cada assunto recebendo a opinião de entendidos. Nossa peregrinação teve início sexta feira à noite para terminar no domingo, com todos felizes e cheios de ideias mirabolantes na cabeça.
Nas profundezas
das mentes artísticas, muitas das vezes voltadas para instigar pensamentos e
humores novos, cada qual a se identificar com o que melhor lhe convém e o faça
repensar:
Arte existe pois só a vida não basta!
F. Gullar
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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