Quem for ao Museu Santo Antônio em Lisboa poderá
constatar o milagre dele de bilocação, ou seja... De ter tido o poder de estar
em dois lugares ao mesmo tempo! Está fixado na parede o quadro de Frei Antônio celebrando
numa igreja e cantando em outra bem distante dali, ou num Senado defendendo
possível criminoso.
Ao observador atento não passam despercebidos os
azulejos, pintados em azul em paredes externas, com outras histórias incríveis
do Frei canonizado Santo da Igreja Católica:
_Os peixes pondo cabeça fora d’água para ouvir
teológicos sermões...
_ O burrinho de carga ajoelhado diante da Hóstia
Consagrada...
_ Jesus menino, fazendo-lhe companhia num facho de etérea
luz...
_ Curando doentes, ressuscitando mortos, achando desaparecidos
e até arranjando bom matrimônio a quem pedisse com fé...
“Eu pedi a S. João, que me desse um matrimônio. São
João disse que não... Isso é lá com Santo Antônio”.
Assim sendo, aquele nobre batizado Fernando Antônio de
Bulhões, tornou-se o santo mais popular de todo mundo católico!
Tendo residido em Pádua, esta cidade italiana mais a
capital dos portugueses guardam muito da história, e devoção ao Frei seguidor
de Francisco de Assis.
“Santo Antônio casa, São João batiza, mas pra entrar
no céu... São Pedro é quem autoriza!”
_ O melhor é ser devoto (a) dos três!
Beth visitando a Igreja e Museu de Santo Antônio. Maquete da procissão do Santo pela cidade de Lisboa com as devidas paradas em Igrejas representativas da história da cidade e do Santo. |
A festa junina em Lisboa comemora todos os santos
padroeiros de cidades portuguesas com monumental procissão (também denominada
desfile); muitas cores, trajes típicos, turistas de diferentes idades posto
que, os mais velhos seguem preceitos, os jovens procuram seus afins, as
famílias levam os filhotes!
A animação é total, com segurança, fartura de sardinha
na brasa, exposições artísticas, feiras culturais, e tudo de bom!
É no final da primavera com ares de verão, que
acontece a festança imperdível que nós brasileiros herdamos dos colonizadores.
Entretanto aqui é inverno e fazemos uma grandiosa fogueira para aquecer todos
os corações, sob olhares dos Santos retratados em bandeiras de altos mastros.
“Com a filha de João, Antônio ia se casar, mas Pedro
fugiu com a noiva... Na hora de ir pro altar! E no fim dessa história, ao
apagar-se a fogueira, João consolava Antônio... que caiu na bebedeira.”
_ Rogai por nós, que não somos santos!
Cada qual se diverte como pode numa festa que caiu no
gosto popular e põe todos muito à vontade no ecletismo que representa.
Imagem do Santo e as sardinhas do Festival que acontece durante a festa de todos os Santos. |
Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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