junho 12, 2020

Convite do Covid-19

Por Elisabeth Santos


Quando alguém pensou em comparecer sem aviso prévio ou convite deram-lhe o nome de Covid19 para disfarçar a intromissão.

- O Covid19 chegou. Tampem o rosto. Lavem-se bem. Escondam-se em suas residências, não saiam para se aglomerarem seja no serviço, escola, igreja ou local público onde o risco de o vírus atacar é, e será maior!

E o álcool em gel sumiu das prateleiras juntamente com a máscara cirúrgica descartável e outros itens. Ao reaparecerem, com preço alterado para mais, foi um corre-corre para se adquirir no comércio em geral.

Ninguém esperava a Covid19 ou de qualquer outro ano. Chegou de supetão, arrasando e tem gente que ainda duvida de seus malefícios. Há também outros que temem que o vírus tenha vindo para se instalar definitivamente.

 Os cuidados a serem tomados são tantos, e tão minuciosos que existem populações que se veem impossibilitados de seguir a todos. Fora estas existem outras pessoas, que se sentem moribundas com tantas restrições na vida.

Cada qual vai dando seu jeito, buscando alternativas para não perder o ânimo, e a esperança numa vacina eficaz, por exemplo.

Lembrando aqui de uma minoria, que não aceita essa solução até hoje válida para a sobrevivência da humanidade.

Em meio a tanta gente sofrendo com a infecção, tendo que se expor ao contágio por força do trabalho, há os que sofrem a perda de algum ente querido. É muito triste.

“Só a leve esperança em toda vida disfarça a pena de viver mais nada...” escreveu Vicente de Carvalho que assim finaliza o soneto: “Esta felicidade que sonhamos existe e está onde a pomos...”

 Então nos resta agradecer pela nossa passagem pela vida terrena, cada minuto do jeito que a vida nos oferece.

Amém!




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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