Por Elisabeth Santos
O gato Zion tambestá em quarentena. |
O enfrentamento ao novo Corona força as pessoas, que têm alto risco de serem contaminadas e não se recuperarem, a ficar em casa. Algumas destas já estavam acostumadas, e não mudaram a rotina diária. Outras tiveram que reinventar a roda para bem sobreviverem como acontecia antes do confinamento.
Se a roda, girando como de costume, as
mantinham ocupadas com as visitas a tudo quanto é lugar... Agora ficou
parecendo uma roda, dia após dia, aguardando o tempo passar pela janela. Sendo
que o tempo não é visível nem audível... tedioso ficou o cotidiano das pessoas
vulneráveis a se tornarem pacientes de algum centro hospitalar, sem terem
paciência para tal.
Enfim, roda reinventada, alternativas para uma
rotina que já não existe surgiram em todo canto do mundo. Uns cantando em verso
e prosa; outros dançando e a maioria procurando o que fazer dentro de um espaço
que sempre foi... sua própria e desconhecida casa.
- Introspectivos adentrem! Tem muita
coisa a ser feita.
- Trabalhadores do mundo, ouvi-me!
Tem muita poeira a ser eliminada.
- Gente criativa, imaginativa,
pensantes em geral, mãos à obra!
- A hora é agora!
- Assim recolhidos, cada qual com seu
próprio eu, sem mais o que fazer, navegar é preciso! Águas claras ou
tumultuosas; caminhos retos ou tortuosos; céu azul ou enuviado... seja lá qual
for o percurso perscrutado até então, a gente muda. Entrar pra dentro deixa de
ser pleonasmo por representar a volta dos que não foram. O que vão dizer?
- Pirarei na batatinha?
- Nada de novo está sendo dito?
- Nunca, jamais, em tempo algum
filosofastes?
Ouvindo a resposta: - A roda está
sendo reinventada. Não há como fazer omelete sem quebrar ovos, ou ... novos
paradigmas serão peças de reposição para novos seres?
A primeira pergunta no passado:
- Haveria vida em outros planetas?
E a resposta:
- Bem provável a de micro organismos.
E alunos novatos perguntariam ainda:
- E vida inteligente que nem nós
humanos no planeta Terra? Existiria no Universo?
E a última resposta ouvida para se
entregar ao trabalho de cada qual reinventar-se:
- Mostremos nossa inteligência agora,
nessa pandemia que nos tirou o chão. Chão de saber onde estamos, o que fazemos,
para que ou quem vivemos. Crendo só no que vemos e sentimos fisicamente, em que
iremos nos firmar agora? A lógica que um dia foi nossa bússola, direcionou
nossas vidas, não tem mais sentido se um serzinho de merda, um vírus em forma
de coroa, poderá ser o tirano a ordenar o que cada ser humano irá fazer daqui
para a frente.
“_ Eu sou o ditador e determino:
vocês vão passar o resto das suas existências tentando livrar-se de efeitos
nocivos de suas próprias ingerências advindas da tal inteligência supostamente
superior!”
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