Por Elisabeth Santos
Um neném passa a
não ter cólicas aos três meses de vida. É a grande esperança que temos ao lidar
com um recém-nascido. No decorrer dos primeiros noventa dias, seus pais ficam
pensando no porquê de tanta dor num ser tão pequenino, que acaba de chegar ao mundo.
A Ciência responde atribuindo ao amadurecimento do aparelho digestivo. O jeito
é ter paciência, e aguardar.
E o período de
cólicas passou!
Notamos que hoje o
bebê é bem mais feliz. Acorda de manhãzinha emitindo uns sons que não tem nada
a ver com choro. Mama. Fica acordado brincando com as mãos. Leva-as a boca.
Sabe que tem os bracinhos para movimentar e parece dar uns golpes a esmo, pois
sua coordenação é pouca.
Atingindo sua
própria face abre a boca num choro de susto. Quem está por perto lhe faz um carinho,
conversa com ele que parece responder.
É uma fase
interessante. A criança imita quem lhe dirige a palavra. Sorri. E a gente até
acha que ela está entendendo tudinho.
Adulto: _ Você é o
príncipe reinante nesta casa, não é mesmo?
Neném sabido: _ É...
é.
Vovó: _ Então o
que o menininho vai querer no almoço?
Neném: _ Agú...
agú!
Mamãe: _ A vovó
pode fazer o angu, mas você não vai provar...
Vovô: _ Mas você
meu netinho esperto, vai passear de carro comigo. Não vai?
Netinho: _ Ô...
ô...ô...
Responde o pequeno
afirmando que vai com o ‘vô sim.
Ele ama passear de
carro. Fica tranquilo. Tira uma soneca.
Nós adultos
gostamos muito dessa fase quando interpretamos os sons que as crianças emitem.
Algumas vezes elas nos surpreendem. Temos curiosidades, e queremos saber o que
um bebê de um país com outro idioma quer dizer balbuciando “Man”, por exemplo.
Vamos consultar a
Internet?
São muitas as mudanças
de um recém-nascido ao terceiro mês: Ganha peso, altura, olha com atenção os
brinquedos, sorri para sua imagem no espelho, sustenta a cabeça por uns
segundos, esforça para virar o corpo de lado, e é hora de cuidar em não deixa-lo
sozinho fora do berço.
E a conversa com o
neném continua:
_ E aí meu
pequeno? Vai mesmo passear de avião com a vovó?
Coincidência ou
não... Ouvi um balbucio:
_ In... inn...
Seria uma resposta
positiva?
Cedo ainda para
afirmar.
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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