maio 31, 2019

Curitiba

Por Elisabeth Santos

A capital de temperaturas mais baixas! A cidade mais organizada e limpa! Paraíso dos turistas o ano inteiro! Atrações diversificadas! População simpática e acolhedora!

São tantas coisas boas que ouvimos de quem vem de Curitiba... dá vontade de ir lá conferir.

Você poderá ir de avião, se estiver bem distante da capital do estado do Paraná, mas existem bons serviços de ônibus, para quem preferir ir curtindo a paisagem sem pegar no volante.

Há excursões de excelente qualidade através de agências de turismo.  Escolha uma que você já tenha uma referência, de parente ou amigo, para conhecer Curitiba sem preocupar-se com detalhes do planejamento, podendo ter uma ideia geral de tudo que é oferecido ao visitante. Foi o que fiz.

Os hotéis estão prontos para atender hóspedes dos mais exigentes, pois seus funcionários são qualificados para priorizar o “bem servir”. Mesmo em excursão, em época de temporada ou feriado emendado com fim de semana, com a reserva feita você poderá constatar o ótimo nível de serviço oferecido pela rede hoteleira local. O número de funcionários cresce na mesma proporção.

E ainda, nós excursionistas, pudemos ficar bem no centro antigo de Curitiba, onde acontecia uma feira de artesanato bem interessante.

Visitas ao Jardim Botânico, Ópera de Arame, Parque Tanguá e Unilivre estão entre as imperdíveis. Tudo muito diferente e lindo.

O Museu Oscar Niemeyer, popularmente chamado Museu do Olho, é um local completo para se passar um dia com a família, pois tem espaço adequado a atividades livres, além das programadas pela administração. A agenda é rica nas modalidades: show, apresentações, festivais e oficinas. Aí não basta estar na cidade por um dia. Como a entrada aos idosos, assim como aos muito jovens é ofertada... Voltei lá!

Para os que vieram de um café colonial servido no hotel da excursão, uma chegadinha à lanchonete do MON é suficiente para aproveitar o passeio sem precisar sair dali.   

Em matéria de cultura artística esse museu está entre os maiores e mais completos do mundo: a obra arquitetônica de Niemeyer chama a atenção pela novidade de um túnel branquíssimo que conduz à subida ao salão de exposições itinerantes, e vista paisagística urbana inigualável.

Logo no primeiro piso ficam as maquetes das principais obras do nosso ilustre arquiteto que projetou pelo mundo afora. Fez do nosso país o primeiro da América Latina a ser reconhecido também por essa atividade de engenharia arquitetônica em concreto armado.

Além disso, espaços do MON exibem mais de quatro mil obras de arte assinadas por nomes nacionais e internacionais, e continuam investindo no crescimento constante do acervo!

Quando chegou o dia da despedida, ainda queríamos fazer uma viagenzinha de trem até Morretes, mas deixamos para a próxima.

_ Até mais ver Paraná!


Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".  


maio 24, 2019

Silêncio

Por Elisabeth Santos



Silêncio, ele está dormindo...

Quando se faz silêncio total dá para desconfiar, e perguntar-se: _ Em que mundo estaria eu?
Mas no mundo do silêncio não se ouve nada, nem pensamento. Então pra que perguntas, se as respostas não virão? É por isso que o som é sinal de vida. Vida brotando, crescendo, se esparramando, e depois se arrefecendo. O silêncio, ausência de vida seria a paz, o descanso eterno para uns, a interrupção inesperada do agito diário para outros. Este desligar-se surpreende e faz mal. Traz uma porção de “por quês” com variadas respostas que sobreviventes aceitam “por obrigação”. O dever de dar-se continuidade ao que está sendo construído no aqui e agora, não fala mais alto, grita!

Assim sendo vemos, ouvimos, fazemos uso de toda nossa capacidade e diversidade de sentidos por uns tempos. Após este viver, resta-nos o silêncio. Aos que ficam... as lembranças.

Boas, mais ou menos, e ruins poderão durar muito mais tempo do que foi contado e medido no calendário terrestre.

Daí vem a importância de não se medir, pesar, contar nos dedos ou ábaco o tempo de vida de alguém que se foi. Vidas de um, ou de minutos incontáveis poderão transformar a pessoa, ou até mesmo o mundo da qual ela faz parte.

Se tivermos chance de idealizarmos um mundo melhor, através de pensamentos, atos e missões cumpridas vamos tentar! Se conseguirmos concretizar algo neste sentido, tanto melhor. Depois que virarmos números em estatísticas diversas, ainda assim fizemos parte do que hoje existe.

E não é pensando no que fomos, nem no que viveremos.

O momento presente deverá ser tido, e vivido como um presente de Papai Noel: _Surpreendente!

Certezas sobre o futuro não haveremos de ter.


Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

maio 22, 2019

Estresse, você sabe quais as características básicas?


ESTRESSE é um conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a circunstâncias que exigem esforço de adaptação. Seley, 1956



Estresse é uma síndrome geral de adaptação que contém um conjunto de reações não específicas manifestadas por um organismo vivo, quando submetido a estímulos que ameaçam o equilíbrio orgânico.



As etapas do estresse são:

1. alarme;
2. resistância;
3. exaustão.

1. Na reação de alarme você sofre de reações do tipo emergenciais, além de alterações fisiológicas que apresentam o padrão "luta e fuga".

2. A fase de resistência apresenta fatores duradouros de adaptação à nova condição e provável instalação de doenças chamadas psicossomáticas.

3. Na fase de exaustão os mecanismos de adaptação falham, geralmente as reações de alarme retornam e ocorre a exaustão da capacidade de reação.

O estresse se traduz na ansiedade com os seguintes sintomas básicos:

a) tremores ou sensação de fraqueza;

b) tensão ou dor muscular;

c) inquietação;

d) fadiga (adrenal);

e) falta de ar ou sensação de fôlego curto;

f) palpitações;

g) sudorese, mãos frias e úmidas;

h) boca seca;

i) vertigens e tonturas;

j) náuseas e diarréia;

k) rubor ou calafrios;

l) polaciuria (aumento de número de urinadas);

m) bolo na garganta, borboletas no estômago;

n) impaciência;

o) resposta exagerada à surpresa;

p) dificuldade de concentração ou memória prejudicada;

q) dificuldade em conciliar e manter o sono reparador;

r) irritabilidade.

O estresse pode resultar sim em morte.



Melhoraram a escala de dor





maio 17, 2019

Filmes

Por Elisabeth Santos

Em minha pequena cidade mineira havia um cinema como única diversão permanente. Os filmes eram sempre muito bons, mesmo mostrando realidades inatingíveis para a distinta plateia. Mostravam também as sagas de outros povos nas conquistas de “escravos”, espaços e poder. Opostas às “nossas”, que traziam histórias de outras populações com interesse em nosso país e dele sugarem tudo.

Bem depois vieram filmes brasileiríssimos, exibidos numa proporção que dava  chance igualitária aos produtores de filmes daqui em praticarem e aperfeiçoarem a sétima arte.

Lembro-me da expectativa de meus pais ao lerem no jornalzinho local que o nosso lindo Cine Theatro S. Joaquim ia exibir em sua tela, padrão da época, “Ravina” de Rubem Biáfora.
Acredito que mamãe vestiu roupa de festa, papai pôs chapéu Ramenzoni, e pegando o guarda chuva, o casal subiu a ladeira de braços dados tudo de costume, quando o filme era importante (lançamento é que não, porque as novidades levavam anos para ali chegarem).

A volta para casa é que foi triste... descendo a ladeira, embaixo de uma chuvarada, cuidando pra não escorregarem, os dois faziam comentários sinistros.

O que teria sido?

_Os demais assistentes fazendo barulho irritante com as cadeiras? O pessoal da Torrinha, que pagava meio ingresso, assobiando no momento que a película cinematográfica arrebentava? O estouro dos saquinhos de papel enchidos de ar quando as pipocas acabavam? O “lanterninha” andando de lá para cá alertando que ia colocar fora do recinto os baderneiros?

Enfim... pai e mãe chegaram em casa falando, falando... fazendo comentários nada elogiosos ao filme. Concluíram que estavam decepcionados por terem ido ao cinema pensado em “Sabrina”, cinderela à francesa, e não numa “Ravina”, desconhecida personagem do que traziam na mente como “A heroína”.

Há muita diferença entre um filme “água com açúcar”, e outro “dramalhão tipo O morro dos ventos uivantes”. Para quem pretendeu uma diversão, saiu frustrado até por não entender cenas silenciosas e demoradas a criar um clima num sei de quê.

_Filme é assim mesmo e sempre haverá uma nova onda!




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

maio 10, 2019

Dia das Mães III

Por Elisabeth Santos



Dia das mães é todo dia. Mesmo antes do neném nascer a mamãe já tem cuidados de mãe para com sua cria. A ela não vai fazer muita diferença se virá parecido com o pai, se é menino ou menina, tem sim que tomar conta dele (a) desde o momento que fica sabendo da sua existência a nutrir e desenvolver-se em seu ventre.

Todos os dias, a partir daí, será dia da mamãe com seu filhotinho; dia da mãe com sua menininha; trezentos e sessenta dias com seus filhos e filhas, pela vida afora.

É o chamado de _Mãe! - a todo e qualquer momento, que ela ouve acordada, em sonho, ou pesadelo por um fruto do seu ventre que tenha ido embora para não mais voltar.

Se um filho vê sua mãe partir, do fundo do coração, ele sente a orfandade do amor incondicional. Se u’a mãe despede-se de um filho para sempre... sente uma dor que não tem nome, pois fere a naturalidade da existência. Não teriam que ir os mais velhos primeiro? Depois da missão cumprida?

A lógica falhou, pois na verdade nunca existiu em matéria de amor entre mãe e filho (a).

Há mães e filhos que se adotaram e tem o mesmo sentimento que pais e filhos ligados pelo DNA. Existem os que sempre estão longe se estivermos a medir em quilometragem, mas estarão sempre unidos em pensamento. Laços de paterna maternidade, não tem jeito de serem medidos, mesmo porque em certa altura do tempo transcorrido, pais podem tornar-se filhos!

E chega o dia muito especial do ano, que a mídia anuncia:

_ Olhe no calendário gente! O dia das mães vem chegando! Compre aqui o presente: para sua mãe; para a mãe da sua mãe; a mãe do seu marido; a mãe de seus netos; todas as mãezinhas que você conhece!

E lá estamos nós, demonstrando com uma lembrança escolhida com carinho desmedido (e dinheiro contado), que reconhecemos seu papel em nossas vidas.

Não é a mulher perfeita, não é a que nunca erra, mas é a única que tive, tenho, terei para sempre gravada em meus sentimentos. É a minha mãe! Eu a tenho dentro de mim, tanto quanto ela me teve dentro de si, e tem dentro de sua alma por toda eternidade.


Aquele momento único, o primeiro ultrassom do bebê.

Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

maio 08, 2019

Pequena lista de bons livros de auto-ajuda, para não psicólogos.



Eis uma lista que tem sido muito útil para ajudar pessoas que pretendem evoluir com pouco dinheiro, ou aquelas que não tem acesso à terapia. Alguns não são muito fáceis de encontrar e outros outro devem estar esgotados, aguardando nova tiragem ou edição. Os livros 4 e 5 da lista, embora muito bons, não foram escritos por psicólogos nem por psiquiatras

  1. Skinner, Burrhus F. & Vaughan, Margaret E. (1983). Viva bem a velhice: aprendendo a programar a sua vida. São Paulo: Summus.

  1. Conte, Fátima C. & Brandão, Maria Zilah S. (org.) (2003). Falo ou não falo? Expressando sentimentos e comunicando idéias. Arapongas: Mecenas.

  1. Otta, Emma & Bussab, Vera S. R. (1998). Vai encarar? Lidando com a agressividade. São Paulo: Moderna.

  1. Ribas, João Baptista C. (1995). Viva a diferença: convivendo com nossas restrições ou deficiências. São Paulo: Moderna.

  1. Geiling, Kátia. (1995). Essa tal primeira vez. São Paulo: Moderna.

  1. Barros Neto, Tito Paes (2000). Sem medo de ter medo: um guia prático para ajudar pessoas com pânico, fobias, obsessões, compulsões e estresse. São Paulo: Casa do Psicólogo.

  1. Gomide, Paula Inez Cunha (2004). Pais presentes, pais ausentes: regras e limites. Petrópolis: Vozes.

  1. Amélio, Ailton (2001). O mapa do amor: tudo o que você queria saber sobre o amor e ninguém sabia responder. São Paulo: Gente.

  1. Fensterheim, Herbert & Baer, Jean (2002). Não diga sim quando quer dizer não. Rio de Janeiro: Record.

  1. Weber, Lidia (2005). Eduque com carinho: para pais e filhos. Curitiba: Juruá. (kit com dois livros: para os pais e para os filhos; este kit é complementado por outro livro para diferentes profissionais usarem no aconselhamento e preparação de Grupos de Pais junto com o livro Eduque com Carinho, cuja referência é: Weber, L.; Salvador, A. P. & Brandenburg, O. (2005). Programa de qualidade na interação familiar: manual para aplicadores. Curitiba: Juruá.)

  1. Brandão, Maria Zilah S.; Conte, Fátima C. & Mezzaroba, S. M. B.  (org.) (2002). Comportamento humano: tudo (ou quase tudo) que você gostaria de saber para viver melhor. Santo André: EseTec.

  1. Greenberger, Dennis & Padesky, Christine A. Padesky (1999). A mente vencendo o humor: mude como você se sente, mudando o modo como você pensa. Porto Alegre: ArtMed.

maio 03, 2019

Visitinha para gente grande

Por Elisabeth Santos

Abri a porta e ela entrou olhando rapidamente os quatro cantos da sala, cumprimentou-me com um beijo e quis logo saber dos carneirinhos que viu ali há uns anos.

Então ela se lembrava da minha casa... Surpreendi-me!

Fomos ver os carneiros e coloca-los posicionados como se fossem uma família: pai, mãe e filho.

Conversamos de variedades e ofereci-lhe bolo de chocolate. Não quis, mas sugeriu ser o bolo de leite condensado bem mais gostoso para acompanhar o refresco que lhe servi. Ao perguntar-lhe sobre sua nova receita de bolo respondeu-me que os ingredientes eram os mesmos de qualquer outro, porém com leite condensado.

_ Sobre o bolo pronto?- tive de perguntar-lhe.

_ Não. É misturado na massa.

Então fomos experimentar a novidade, colocando tudo na tigela da batedeira, substituindo leite e açúcar pelo conteúdo da caixinha de leite condensado. O bolo cresceu, espalhou um cheiro convidativo pela casa, assou rapidamente e ficou muito saboroso. Enquanto lanchávamos minha visitante explicou que já não apreciava o de chocolate por achar muito popular. Entendi que ela realmente queria experimentar um sabor novo, inventado na hora. Para eu ser mais exata, inventado no instante que ela visualizou a caixinha da iguaria na prateleira da despensa.

Na piscina não podíamos entrar devido ao sol forte... Então sugeri termos juntas uma hora artística. Cantamos, dançamos na maior alegria e decidimos fazer pinturas. Eu risquei meu desenho antes de pintá-lo. Ela não. Direto nos pincéis e tintas espalhou personagens por espaços bem definidos, criou tonalidades e fez questão dos detalhes. Explicou-me quais seriam os detalhes que gostaria de ver em sua arte. Percebendo minha cara espantada... abriu uma revista colorida e virando as páginas ia apontando:

_ Olha isto aqui. É um detalhe. Olha este outro, também é um detalhe.

Só pude responder:

_ Tá bem. Já entendi.

Rumamos para o quintal a procurar o lagarto, mas só encontramos uma lagartixa que foi colocada num vidro. Achando um besouro o pusemos no mesmo frasco.

Sem achar outros bichos mortos, colhemos alguns limões verdes que não queriam desprender do galho, uma pitaya madurinha, e demos por encerrado o período de caça e colheita.

Ao sentarmos à mesa do jantar, com as mãos cheirando a sabonete, a conversa era outra:

_ Não quero a carne porque não gosto que gente mate bicho para comer.

Também não vou usar canudo para beber limonada porque não quero que vá para a natureza com o lixo para o golfinho engolir pensando que é uma minhoca e depois morrer.

_ Tudo bem. Comeremos omelete. Amanhã faremos soja no lugar da carne. E nada de canudo de plástico para tomar refresco. Somos gente grande, beberemos no copo.

Lembrei-me que aquela sabedoria toda vinha dos seis anos de vida da pequena, e que eu com meus sessenta bem vividos ainda teria muito que aprender ali. Por exemplo:

_ Ouvir crianças ou estrelas! Quem sabe parar uns momentos para ouvir uma criança estrela?

Clique aqui e role o cursor para ler outros Contos da Beth.

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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

maio 01, 2019

Dia da Junventude Acumulada

Free photo 2017849 © Horst Petzold

Carmem, uma senhora de 86 anos, disse ao seu filho de 62 anos: 

_ Jair, quero fazer uma reunião com as minhas amigas e gostaria que você me ajudasse a organizar o café. 

_ Claro mamãe, fica tranquila que eu organizo tudo.

_ Organizar o que? 

_ A reunião mamãe!

_ Ah sim, já havia esquecido!

À tarde, o filho  chama a mãe  na cozinha e lhe mostra um papel grudado na geladeira:

1- Servir café;
2- Servir sanduíches;
3- Servir suco;
4- Servir doces;

 _ Que bom! Agora não terei problemas! Obrigada meu filho.

 As amigas chegam, nenhuma abaixo dos 80 anos!

Carmem, boa anfitriã, acomoda as amigas na sala. Então ela vai à cozinha e lê:


1. Servir café 


Sendo assim, ela serve o café para as suas amigas numa mesinha muito charmosa.

Logo depois, Carmem fica nervosa e vai à cozinha navamente. Ela lê outra vez: 

1. Servir café

Ela serve mais um café e assim o faz por 4 vezes seguidas. 

Por fim, as amigas vão embora.

Uma delas sussurra à outra, enquanto saem do edifício:

 _ Maria, você viu que má anfitriã foi a Carmen? Não nos deu nem um cafezinho!

Maria lhe responde:


_ Carmem? De que Carmem você está falando? 

À noite o filho de Carmem chega na casa da sua mãe e se assusta ao ver que os sanduíches, o suco e os doces estão intactos e lhe pergunta:


_ Mamãe, o que aconteceu?

Carmem lhe responde:

_ Você acredita que as safadas não vieram?

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*Moral da História*

Vamos nos reunir enquanto ainda nos reconhecemos!


Envie aos teus amigos, antes que esqueça quem são.

 *FELIZ DIA DA JUVENTUDE ACUMULADA*