fevereiro 26, 2019

Passaportes

Por Elisabeth Santos


Se alguém pergunta se você possui um passaporte responda que sim. Ter passaporte para viajar ao exterior do seu país torna-se importante quando num repente se é convidado a ir a algum lugar diferente. O passaporte seria: metade do caminho burocrático andado.

Quanto ao visto de entrada em algum país que o exija, é um acréscimo, que na minha escala de importância, tem lugar relevante.


Há países com muitas exigências para o viajante obter seu visto, sem que isto signifique total segurança para ambas as partes. Há outros países que permitem a entrada do estrangeiro depois de examinar a autenticidade da identificação através de declarações solicitadas e apresentadas pela internet mesmo. Sem apresentação pessoal, o visto de entrada será negado ou obtido.

Se alguém pergunta se você possui dois passaportes, de diferentes países, e você responde que sim... pode causar espanto! São as pessoas com dupla cidadania. Isto só não é mais comum do que se pensa devido ao fato de alguns países, ao concederem cidadania ao estrangeiro, exigirem deste a renúncia à cidadania de origem.

Existe também quem não tem cidadania alguma e a ele poderá ser concedido, por órgão oficial de direitos humanos, documento de cidadão do mundo.

E o apátrida é o que não tem pátria mesmo não! Conheci um personagem de filme de pirataria em alto mar que era assim. Desconheço outros.

As curiosidades nos assuntos relacionados a passaportes, vistos e cidadanias diferem e são muitos. Uma coisa é certa: não ser cidadão de lugar algum absolutamente não quer dizer que se trata de um fantasma. É toda uma questão de documentos legais, de escolha, aceitação e até alguma exigência meramente burocrática. Normal no estado de direito.

Quanto à dupla cidadania poderá sugerir um sumiço daqui, para em seguida aparecer além- mar: trata-se de sair de onde se encontra com o passaporte de cidadão do país a que se quer chegar. É voltar apresentando passaporte de onde se quer voltar. Enfim, um retorno de quem não foi!



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

fevereiro 22, 2019

Filosofando

Por Elisabeth Santos


Tem gente que não arruma filho porque terá muita despesa. Filho é uma despesa que te compensa com muita alegria.

Tu vais gastar aos poucos. Um bebê precisa de um plano de saúde, mas quem pode dispensar um? O bom de matricula-lo numa Assistência à Saúde desde que nasce, é que se isto for feito mais tarde ficará bem mais caro.

A creche geralmente é oferecida aos filhos dos empregados. Em seguida vem a Escolinha, que tem um preço menor que uma babá exclusiva, para uma só criança.


Escolas socializam sendo esta a grande vantagem: o egocentrismo natural em tenra idade terá nela oportunidade de transformação.


Criança que convive com outras que tem os mesmos interesses, aprende a compartilhar, brincar junta, esperar sua vez, desculpar-se, desenvolver tarefas simples, mas necessárias como guardar brinquedos e objetos de uso comum.


A linguagem flui naturalmente com as disputas inerentes à idade e desenvolvimento da turma.

E assim a criança, que já tem suas normas e limites em casa, chega à adolescência exigindo dos pais maior atenção e cuidados por causa das transformações que sofre. Lembrando aqui, que pais conscientes, tendo um dia passado pela adolescência, têm uma ideia de como seja, e como seus responsáveis os ajudaram naquela fase.

E eis que chega o dia que o bebê de dezoito anos atrás poderá assumir muitas outras responsabilidades, por estar pronto ao título de jovem adulto!

E os pais, com a primeira etapa de muitos gastos terminada... percebem na verdade que foi um investimento válido. Muito válido!

Os gastos, o trabalho, as noites mal dormidas, fizeram crescer um amor que será para toda a vida!

 


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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

fevereiro 20, 2019

Propriedades das águas do Parque em Cambuquira

Panfleto cortesia do SPA das Águas em Cambuquira essas são as propriedades das águas do sul de Minas.
 
 
Fontes Carbogasosas 1, 2 e 3
 
Indicadas para osteoporose, artrites, reumatismos, hipertensão arterial, obesidade, estimulante da secreção e motilidade gastric. Prevenção de Alzheimer, alergias respiratórias, dermatitis. Combates a depressão.
 
Fonte Férrea
 
Indicada para anemia  ferropriva, osteoporose, artrites, reumatismo, hipertensão arterial, alergias respiratórias, dermatitis.
 

Fonte Magnesiana e fonte Roxo Rodrigues (barracão)
 
Indicadas como estimulante da função renal, hepática e biliar. Ajuda na eliminação de cálculos renais úricos e biliares. Combate a depressão.
 
 
 
Lembre-se que as águas são medicinais e devem ser tomadas com sabedoria!
 
 
 
SPA das Águas - Cambuquira - MG
Telefone: (35) 3251-3023
 
Dra. Olga M. A. B. Nunes
Médica CRM-MG 10.496
 
 
 
 
 
 

fevereiro 19, 2019

Reza a Lenda

Por Elisabeth Santos



 

Ao contar uma história fantasiosa o narrador inicia com: era uma vez...


Ao narrar história verídica ele começa pela data, mesmo não sendo exata: nos idos de 1800...

Misturando-se num relato fantasia, realidade mais uns palpites, temos o famoso “Reza a Lenda” a puxar o assunto que se quer abordar.

_Então senta que lá vai o conto!

Reza a lenda que numa pane do motor do teco teco em que viajava solitário, o exímio piloto consegue pouso forçado descendo ileso numa reserva indígena. Ao ver aquela figura pálida, esquálida, e barbada, os nativos o reverenciaram. Pensaram num ser superior que poderia trazer-lhes sorte. Muita sorte!

O piloto queria consertar seu meio de transporte e voltar à civilização, mas foi ficando, foi ficando... até descobrir que a cultura daquele povo imberbe, bronzeado, que se enfeitava em vez de esconder o corpo, tinha muito a ver com sabedoria natural.

O branco pôs os índios a procurar na mata o parafuso que se soltou do motor. Estes, se o acharam, guardaram-no bem guardado para o cara pálida permanecer mais um tempo a ensinar-lhes novidades.


Adão era o nome do branco, que aceitando de bom grado a hospedagem, retribuía cozinhando deliciosas receitas feitas com água salgada do mar. Aquela tribo, desconhecendo o uso do sal nos alimentos, sofreu de dor de barriga até acostumar-se com o novo tempero. Na troca de conhecimentos Adão aprendeu a tomar banho (de rio) diariamente e mais as receitas de tapioca que foram anotadas em seu diário de bordo.

O tempo passando, ouro e pedras preciosas garimpadas nos rios, e se transformando por mãos habilidosas em adornos, verdadeiras joias, isso sim.


Enfrentando tribos rivais aquela comunidade conheceu a escravidão e a cobiça por seus novos adereços.

O dia que o branco teve gripe dizimou metade daquela gente que não tinha resistência para vírus.

Ele que nem pensava mais em um dia retornar às origens... viu seu teco-teco consertado, o tanque abastecido do álcool originado da fermentação de plantas nativas e o pessoal cantando e dançando o ritual da despedida.

Depois da gripe, virou “persona non grata” tendo de partir.

Seus netos foram descobertos por uma expedição que passava por aquelas bandas muitos anos depois. Usavam pouca roupa; passavam tinta no cabelo e no rosto; conversavam embolado; reverenciavam o Sol e a Lua; temiam o Trovão, mas atraiam nuvens de chuva em ritual próprio.

Reza a lenda!





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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

fevereiro 15, 2019

A prata da casa

Por Elisabeth Santos


A expressão “A prata da Casa” nem sempre se refere à peças deste precioso metal, utilizado antigamente para receber visitas importantes. Ouvindo alguma frase do tipo:


_ Albertino é a prata da casa! Recebe a todos com educação, conversa sobre vários assuntos, é bom ouvinte... blá blá blá.

Percebe-se que tal pessoa funciona como um “cartão de visitas” onde se apresenta uma família, um grupo, comércio, associação etc.

Atualmente usa-se a expressão sem ter prata alguma, que dá muito trabalho para limpar e mesmo sem saber direito a origem do comentário, porem com propriedade, diz-se:


_ Essa equipe esportiva significa “a prata da nossa casa, o Brasil”.


É para ser entendido como o melhor dentre os melhores, com que o Brasil pode contar.


Na questão, prata verdadeira, a ser mostrada ao mundo sem medo de errar... “temos para dar e vender” ótimos profissionais do esporte. Sim é uma expressão exagerada. Temos para vender, em primeiro lugar, e doar absolutamente não. Até mesmo porque se for “propaganda enganosa” não se acha quem queira... “nem dado”.

De expressão em expressão, umas na moda, outras caindo em desuso, faz-se uma pesquisazinha na internet para não: “trocar gato por lebre”; Carolina de Sá Leitão por “caçarolinha de assar leitão”; “ir de garfo num dia de sopa”; “tirar o cavalinho da chuva” quando a discussão ainda irá demorar a chegar ao fim.

O que é mesmo: _ “Fazer questão”?

Não estar apenas convidando para um almoço com a “prata da casa”, é claro. Acrescido das palavras: _ “Faço questão” de sua presença neste almoço. – O anfitrião estará ressaltando que não aceitará a recusa ao convite.

Enfim “irado” é uma gíria nova de gente nova, assim como: “da hora”, “doidão”; “zoeira”; “lacrar” e até “crush” para significar paquera!

_ Importa “estar ligado mano” nas novidades, pois gente da era do celular desconhece aonde “a ficha caiu”.

 

Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".     

      
 

fevereiro 13, 2019

Por que eu posso comer um alimento que me faz mal um dia e não no outro?

Este é o meu presente de Carnaval para quem lê a parte sobre alergias e sensibilidades deste blog. Aquelas pessoas que buscam explicações para as reações randômicas que têm pela vida afora.


Almoçando no Sericicola Bistrô em Varginha
Praca D. Pedro II, 110 | Centro, Varginha, Minas Gerais 57319-890, Brasil

Então vamos lá responder a pergunta do título:

Por que eu posso comer um alimento que me faz mal um dia, mas não posso comer a mesma coisa no outro dia?

Ou ainda, por que é que eu posso comer um produto contaminado com trigo (por exemplo) de vez em quando e não outro alimento? Ou até o mesmo alimento no dia seguinte?

Segue um estudo de caso e exemplo:


A minha amiga Kelly saiu da dieta para comer um biscoito. Um daqueles biscoitos feito com farinha de trigo e outros ingredientes que ela deveria evitar. Depois de comer o biscoito ela se sentiu normal e teve energia durante o dia para fazer tudo o que precisava.

No dia seguinte, ela comeu algo que era suspeito, não necessariamente contima trigo. Era um biscoito feito de farinha de arroz, mas que havia sido assado num forno comercial onde fazem todo o tipo de cookies e bolachas. Ela teve uma reação alérgica ao alimento e se sentiu mal durante todo o dia.

Almoçando no Sericicola Bistrô em Varginha
Por quê?

Para entender o que aconteceu com a Kelly você precisa entender o que acontece quando você é exposta a um alergênico. Também é necessário saber sobre a teoria dos baldes que em inglês eles chamam de Bucket Theory.

A resposta curta é que houve reação nas duas vezes, mas você não percebeu a reação. Continue lendo que tudo vai fazer mais sentido no final.


Vamos entender mais sobre a Bucket Theory


A Teoria dos Baldes diz que todos temos um "balde" onde são colocadas as nossas alergias e sensibilidades. Se o seu balde estiver vazio, você não verá os sintomas. Entretanto, as pequenas quantidades ao longo do tempo, assim como uma grande quantidade num curto espaço de tempo enchem o seu balde.


Toda vez que você estiver com o seu balde quase cheio e você comer um mínimo de uma comida que te faz mal você terá uma reação alérgica. Isso acontece porque o seu balde vai derramar, em linguagem metafórica.


Frase chave do entendimento é: a reação nem sempre acontece na proporção da quantidade ou do que você comeu.


1. Você pode se acostumar com o efeito causado por aquele alimento.

Quanto melhor o seu corpo digerir e se desintoxicar dos contatos que tiver com esses alimentos, melhor você vai ficar até ter uma reação alérgica que você vai perceber. O contrário também é verdade, se o seu sistema digestivo não for bom em processar as sensibilidades e alergias, você vai encher o seu balde rapidamente.

Sendo assim, você terá reações o tempo todo, mesmo que sejam mínimas quantidades do alimento. Inclusive àqueles que, por exemplo, só foram cozidos numa panela que foi usada antes para cozinhar o alimento que te dá alergia - mesmo depois da panela ser lavada.

Por isso em muitos fóruns de debate sobre alergias e sensibilidades algumas pessoas perguntam “quão cheio (ou quão vazio) estava o seu balde (bucket) antes de você comer isso”? O que essas perguntas indicam e querem saber é – se o seu corpo é bom em desintoxicar e esvaziar seu balde.


2. O que acontece quando você está exposto a algo que te dá alergia.


Reações alérgicas ativam o mecanismo de resposta chamado por alguns de fuga ou luta, o que significa que esse mecanismo induz a liberação de adrenalina como parte da reação alérgica.

Para contatos menores que você teve com o produto, essa liberação de adrenalina pode parecer um momento de foco e energia. Pois é assim que o seu organism te ajuda a responder numa situação de fuga ou luta.

Entretanto, quando a quantidade do alergênico é pequena, às vezes a reação alérgica passa desapercebida. Isso porque o seu balde estava vazio e você só notou a liberação de adrenalina que faz você se sentir bem, algumas vezes.

Já sei o que está pensando... vou ficar nesse ponto onde tenho apenas as pequenas reações e só sentir o efeito bom da adrenalina. Ou como dizem alguns, comer de tudo um pouquinho não faz mal.

Muita calma nessa hora! Essas reações não duram muito e você pode ter uma ressaca dessa reação quando a adrenalina passar. Ou pior ainda, ter uma grande reação anafilática na próxima vez que for exposta ao produto que tem sensibilidade.


Resumão:


O balde da Kelly estava vazio no dia que comeu o biscoito de farinha e por isso não transbordou, mas encheu um pouquinho. Nesse dia ela se sentiu normal por causa da adrenalina que encobriu a reação alérgica que estava tendo.

No segundo dia ela comeu um biscoito sem trigo, mas que estava contaminado com glúten. O balde dela não estava mais vazio e o sistema digestivo ainda estava processando o evento do dia anterior. Então isso foi o necessário para encher o balde e ela perceber a reação.

Ela ficou bem depois do primeiro biscoito e somente notou a reação no segundo dia com a outra bolacha.



fevereiro 12, 2019

Auxílios na hora certa

Por Elisabeth Santos
O que não pode faltar no Arraiá?
Bandeirinhas, bingo e mesa cheia de quitutes.
 
Maria do Carmo resolveu casar-se após muitos anos morando debaixo do mesmo teto com o Osmar. Trocou ideias com amigas que sugeriram a ela “embarcar” na cerimônia coletiva a acontecer no meio do ano na cidade em que residiam. Ducarmo pesquisou juntamente com o “namorido” chegando à conclusão de que não era muito aquilo que queriam não:

_ De cinco a vinte e cinco casais, todos com parentes e padrinhos, reunidos num mesmo local haveria de ter cerimônia demorada, ambiente confuso, bem cansativo e ainda sujeito a imprevistos diversos.


As colegas ponderaram que mesmo assim poderia ser econômico, bonito, cheio de emoção, e com a vantagem de muita badalação na mídia.

Quem continuou a fazer oposição aos argumentos da turminha foi o próprio candidato a noivo oficial. Osmar parecia não se interessar em sair no noticiário inda mais sendo que havia demorado a decidir-se pela oficialização. Convenceu então a futura noiva a pesquisar, e apresentar-lhe outras ideias.

Analisando prós e contras ficaram as amigas dela ventilando possibilidades diferentes:

_ adquirir o terno do noivo, os vestido da noiva, e daminha, num brechó chique; solicitar o espaço no centro comunitário do bairro onde residiam; chamar o coral da terceira idade para os cânticos convencionais; De favor, estava claro, etc e tal.

_ pedir emprestado os trajes; realizar uma festa no jardim da firma em que os noivos trabalhavam; etc e tal.


_ alugar tudo depois de desgastante pesquisa de preços e devidas negociações com firmas especializadas; começar a pagar com antecedência as lembrancinhas a serem distribuídas; lua de mel num resort litorâneo com preços especiais para o inverno, etc e tal.

Ao reunirem-se, no último feriadão antes do casório, para decisão final a respeito do evento mais importante daquela “familhona”... Ninguém se surpreendeu mais com a resposta negativa ora da noiva, ora do noivo, e a concordância de ambos só com os “etc e tal”.

Não sabiam eles que ali no grupo estava alguém a ponto de perder a paciência e falar bem alto, já afastando a cadeira para retirar-se do ambiente, que aos poucos ficara pesado:

_ Eu tenho a solução acertada para vocês dois: _ Irão se casar na festa junina do nosso bairro, vestidos com as roupas que quiserem, presença maciça de todos que moram por aqui, comes e bebes com fartura, e principalmente música, dança, e alegria infinita!


Antes de se ouvir no pequeno auditório a ordem:

 _ Calma, calma, Dona D’Alma!


Os noivos gritaram do lado de lá:


 _ Taí... Gostamos da ideia! Vamos em frente, viabilizar esta possibilidade, pois a Junina local está a poucos dias de acontecer.

Dona Encrenca, surpresa com a pronta aceitação, fez a pergunta que não queria calar, a que o quase ex noivo, de uma união já consolidada esclareceu prontamente:

_ Sempre fui louco por festa junina (louco todo mundo ali já desconfiava), porém meus pais nunca consentiram a mim e meus irmãos participarmos de alguma. O argumento era indiscutível: um tataravô falecido no dia de Santo Antônio, um bisavô falecido no dia de São João, e uma avó deles, no dia de São Pedro. Em respeito aos ancestrais mortos há tempos, ninguém dali em diante participaria de tais festividades. O tempo passando, eu sem ter aquele gostinho de comemorar com alegria os santos do mês de Junho, fiquei rabugento. Nem desejava mais dançar quadrilha. Hoje acredito que essa é a hora oportuna e quero muito experimentar uma festa junina para deixar feliz até quem estiver em outro plano.

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Dos etc e tal... fazia parte o casamento civil, no cartório, dentro dos trâmites legais, diante do juiz de paz, tudo certinho.

No dia seguinte sim: _  Convidados e padrinhos com roupas vistosas de autênticos caipiras; noivo e noiva vestidos a caráter; o ministro de Deus abençoando; e o caminho da roça... seguiu o caminho da Lua de Mel num hotel fazenda.

 Sim, absolutamente sim, era isto que todos os envolvidos desejavam. Tinham certeza que os noivos mereciam isto e muito mais. Algo que ficasse lembrado para sempre com muito gosto por eles, pelos filhos que já estavam bem crescidinhos, e à altura daquela união que aguardou tanto por um sonho realizado.


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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

fevereiro 08, 2019

Dança Sênior

Por Elisabeth Santos


Apresentaram-me a dança Senior em 2018. Além disso fui participar de um encontro do Grupo Bairro Gutierrez e tive a oportunidade de dançar com seus componentes. Quando se está na “Terceira Idade” não faltam convites para a integração a Grupos de iguais. Aparecem ginásticas específicas, prevenção de doenças, cuidados com corpo e mente saudáveis, convívio prazeroso em lazer e eventuais excursões... várias outras oportunidades de convívio, novas amizades para se juntarem às de sempre. Sim, sem dispensar nada ou ninguém, pois aos amigos e colegas também os anos foram passando, e junto com a experiência sábia vieram: os desgastes físicos, as limitações e perdas inevitáveis.

Minha melhor amiga voltando ao interior de Minas, após muito tempo vivido na capital, falou-me de Dança Senior, e interessada busquei maiores informações na internet. Gostei, e aceitei aprender os primeiros passos. Mesmo tendo dificuldade de concentração consegui acompanhar um mínimo necessário para incentivar outras pessoas.

Estando presente numa reunião do grupo em Belo Horizonte havia constatado “in loco” como pode ser proveitosa aquela hora musical unida a pessoas que se dedicam à arte de bem viver com alegria! E ali estavam: amigas de longa data; conhecidas há pouco tempo; dançarinos e aprendizes, reunidos num círculo de convívio benéfico a todos. 

 A intenção agora é divulgar a novidade onde residimos, despertando o interesse de uma turma para cursar a primeira etapa, adquirir o material, e seguir em frente desfrutando todos os benefícios oferecidos nessa atividade.

Pretendemos depois das “Boas Vindas”, reunirmo-nos numa “Roda Alegre”, cantando que nem Francisco Alves na década de 50 “Abre a janela Maria que é dia” e seguir pelas músicas tradicionais do nosso imenso país!


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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

fevereiro 06, 2019

Como melhorar a sua relação com o dinheiro - para mulheres.

Isso foi num dia de muita sorte!
Tomar decisões com a cabeça, não com o coração. Essa é a conclusão do que esse texto quer te ensinar.
 
Inteligência e educação formal não têm nada a ver com essa história, não se iluda!
 
Mesmo uma mulher com uma ótima carreira e ganhando um bom dinheiro se confunde colocando o coração na frente de decisões financeiras importantes.
 
O que nos atrapalha, na maioria das vezes é aquela mania feminina de querer ajudar o outro ou, às vezes, de deixar outra pessoa no comando das suas finanças.
 
Mais especificamente:
 
* Mães que falam sim para todo o lançamento de game que a criança vê por aí, mas não conseguem economizar para a própria aposentadoria.
 
* Esposas que deixam o marido cuidar das finanças e depois do divórcio (ou falecimento do conjuge) falam que estão perdidas. Lembre-se que nessas horas tudo piora se você não têm a mínima ideia de por onde começar a se relacionar com seu dinheiro.
 
* Solteiras, de todas as idades que nunca se casaram e acham muito complicado (e chato) lidar com investimentos. Por isso elas simplesmente não o fazem. Ao mesmo tempo elas se sentem aterrorizadas por não terem seguraça financeira.
 
Saiba que saber sobre finanças não é tão difícil assim. Você também não precisa gerar uma pressão no relacionamento com seu marido para saber como anda seu patrimôniio. Tudo o que você precisa é um par de olhos bem abertos e honestidade.
 
Comece sendo generosa com você mesma. Isso quer dizer, por exemplo não fazer dívidas para a faculdade de um filho se você não consegue economizar para sua própria aposentadoria - ainda que isso seja manter os pagamentos do seu carnê de INSS em dia.
 
Diga não por amor; não diga sim por medo!
 
Coloque limites nos gastos familiares. Saiba que isso vai ajudar todo mundo - literalmente. Quando você aceita assinar uma crédito na loja para seu filho pagar as parcelas, você está o ajudando? Ele é responsável para pagar as parcelas? Pagar por todos os gastos que seus filhos fazem - conta de cellular por exemplo - ajuda a eles a serem adultos seguros e inteligentes?
 
Ser financeiramente honesta com você mesma e com as pessoas que você ama não é egoísmo. Mostra que você quer levar sua família para um lugar mais seguro no futuro.
 
 
O guia prático do senso comum de economia por Thomas Sowell.
 
 
 

fevereiro 05, 2019

Ave ave avestruz

Por Elisabeth Santos
Free photo 2640439 © Mikhail Blajenov - Dreamstime.com

Por que será que o avestruz enterra a cabeça na areia e deixa o bumbum de fora?

Para refrescar a cuca, responderiam alguns...

Para esconder-se da verdade que omitiu...

Porque se envergonha de algo por ele visto...

Opções:

A) Todas certas.


B) Todas erradas.


C) O avestruz não revelará jamais.


É muito que se ouve por aí... E o mais provável é que o avestruz não queira ver seu triste fim, se estiver correndo de algum predador. E olha que ele corre muito, sabia?

No mundo animal existe cada coisa... Dificílima de acreditar! Mais difícil de crer porem, é o ser humano (também pertencente ao reino animal) ter como verdadeira a seguinte premissa: _ Se escondo meu olhar ninguém me verá!

Ao perspicaz, interessado em desvendar mistérios, acontece o contrário:


Pessoas que não erguem o olhar à altura do interlocutor, estão admitindo um medo, uma dor, lembrança ruim ou outro sentimento indefinível. 


Quando alguém responde por enigmas, algo há de estar a ocultar. Aquele que se nega a responder qualquer pergunta, teme se trair, cair em contradição, e com este estratagema... Revelar-se por inteiro. A verdade lhe dói: _É imperfeito!

Pense numa pessoa que se achando perfeita, falha! Mal sabe que a perfeição não é característica de nenhum animal, racional ou não. Vive corrigindo erros alheios sem admitir os seus próprios. O primeiro erro desta pessoa é pautar-se por si própria, olhando para o próprio umbigo. Se conseguir perceber a possibilidade da existência do diferente, aceitará a verdade de cada um. Respeitando a universalidade cultural, aproximar-se-á da perfeição almejada.

Enquanto isto não ocorre... Vigia sem orar! Incomoda quando não humilha; se faz de vencedor (sem derrotar).

Observa atos do seu semelhante, sendo ou não seu subalterno, aluno, ou dependente. Indica as falhas dos outros; corrige em público; castiga com um simples olhar, ou silêncio acusador.
Já disseram que o opressor não existirá sem o sentimento de oprimido do outro.


Disseram que o opressor algum dia vivenciou a opressão?


O que fazer se quem sente opressão está sempre a perder a jogada? Ele mudará mesmo sem necessidade premente: de lugar; cargo; amizades; companhias, etc.


Poderá esconder a cabeça, mas sendo racional não estará tão vulnerável quanto um avestruz.
_“Ave, ave, avestruz!”

 

Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".