Vou começar com uma montagem que diz muito do motivo desse fuzuê que estão fazendo em cima da espionagem americana.
Tática antiga, muito usada nas terras estrangeiras (EUA) para desviar a atenção de um inimigo interno. Simples! Encontre (ou invente, tanto faz) um inimigo externo que as pessoas esquecem do interno. Agora o troco, ou seja, devolver a atenção mundial para o "país do futuro", vai vir de outro país e numa reportagem pessimista (e real) sobre o Brasil, economia, política e algo mais.
- A revista é a The Economist. E se preferir pode assistir aqui o vídeo com comentários de Michael Reid e Helen Joyce aqui. Começam falando sobre como o Brasil decolava alguns anos atrás e agora parece que desperdiçou o momento.
- No texto da Folha de São Paulo, a reportagem dos gringos ficou bemmastigada resumida. Entitulada como então o Brasil estragou tudo?
- A revista é a The Economist. E se preferir pode assistir aqui o vídeo com comentários de Michael Reid e Helen Joyce aqui. Começam falando sobre como o Brasil decolava alguns anos atrás e agora parece que desperdiçou o momento.
- No texto da Folha de São Paulo, a reportagem dos gringos ficou bem
- Outros noticiários falam que o país "se perdeu" ou "teve um voo de galinha" porque o phrasal verb blow out que está na revista não tem tradução descente em português. É possível entender a ideia se você olhar a capa da revista. É o movimento de um balão cheio, que não foi fechado direito, faz ao se esvaziar numa tragetória aleatória no ar. Murchando e caindo numa cena dramática.
The Economist novembro de 2009 e outubro de 2013 |
[[Abre colchetes... um comentário de dezaini sobre a arte da capa.
Já falei que americanos não sabem nada de outros países e isso inclue o Brasil. Então vi a que Inglaterra também não, pois capa de 1999 e tive vontade de comprar a última só para ter a trilogia em casa.
The Economist de Janeiro de 1999 |
O gerente fala: _Boss, I have no idea what cover we should do on the next issue...
Diretor inspira: _Is it about Brazil? What about Rio?
Ilustrador finaliza: _Why we don't use the "big statue"?
E todos juntos, sorrindo: _Great idea. Let's do it!
Voltando ao que interessa, fecha colchetes]]
Outras reportagens sobre o Brasil foram estas ai.
- Um cartoon bem humorado do Kal sobre a Dilma pedindo para desligarem as escutas, mas só depois dela terminar de ler as datas disponíveis para a próxima viagem. Ainda zoa com o fato de não haver a mínima condição para uma autonomia no setor virtual em menos de... muitos anos, muitos dinheiros, muito trabalho, etc.
Legal mesmo é a Dilma falando com a flor. Cartoon do Kal, clique para beber da fonte. |
- Conteúdo do New York Times onde Oliver Stuenkel (assistente de um professor da GV) fala sobre quem tem mais a perder nessa situação inconveniente de espionagem. Ele explica em detalhes porque os Estados Unidos tem mais a perder, a curto prazo. Um provável cancelamento da venda de aviões para defesa e perda de negociações em outros setores como energia e telecomunicações. Até arrisca um palpite sobre uma possível influência da presidenta na atitude de outros países como México. Ele soou muito patriota e um tanto otimista, mas cauteloso, afinal é brasileiro. Sabe do que
A longo prazo me parece que só o povo brasileiro perde, pelo motivo psicológico citado lá em cima. Desviaram o foco do que era importante, as reformas internas que o Braziu-ziu precisa fazer. Também pelo motivo filosófico abaixo.
- Num jornal chamado Miami Herald onde Carlos Alberto Montaner faz uma análise linear e simples sob o título por que espionamos o Brasil? Pura causalidade explicada pelas opções que a pátria
Ou seja, o Brasil, além de ser uma terra onde suborno é virtude, é um país que só tem amigo bacana (#sarcasmo). É quase um adolescente indisciplinado que anda com os drogados da escola e acha um absurdo estar na mira da inspetora.
Ah, fala sério... e volta pra aula de filosofia!
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Isabela: designer, estudou psicologia clínica, especialista em tecidos automotivos, trabalha inclusive com análise de tendências de design e comportamento humano. Está morando fora do país, por isso tem coisas interessantes para compartilhar.
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