Dia da foto das oito irmãs, com cinco de seus filhos,
e oito de seus netos, na escadaria da Penha, comemorando a lavagem do Bonfim,
se tudo isso fosse possível!
Rápido não iria ser; Muitas poses também não; Todo
mundo de cara boa, olhando pro mesmo lado, só gritando GIIIZ.
Para formar a unidade do grupo, cada qual dava seu
commando:
Do alto da escada postou-se a mais velha, sugerindo
que ia ser tudo por ordem de idade. A segunda queria que a fileira fosse por
ordem de tamanho. A próxima sugere que intercalassem cores das roupas para não
saírem emendadas no retrato. Mais um palpite diferente: _Todas de ladinho,
quase perfil, no disfarce das abomináveis gordurinhas. Quem sabe uma com a mão
no ombro da outra? Talvez apontando sua descendência no patamar abaixo? E os
pequeninos nos ombros dos primos mais velhos, também poderiam fazer daquela uma
foto memorável... Eram ideias, e ideias que não acabavam mais, para dar nisso
aí que estão vendo.
Se durasse mais um minuto a organização da foto, ia
ser um branco total radiante: todos retornando ao que estavam fazendo.
Aconteceu, virou manchete, bem no dia do “Clube do Bolinha” em Colônia de férias dirigido só por pais. Nenhuma mãe pajeando no pedaço!
Muita bola, bambolê, banho de mangueira, pebolim,
pingue pongue, etc. e tal.
Zap zap? Só ao final do dia, todos arrumadinhos para
dormir acampados no casarão da grande família!
_ “É nóis!”
--
Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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