De repente, um tal país em desenvolvimento, praticamente agrícola queria aprovar as sementes suicídas. Proposto por partidos sociais ou do povo foram barrados por movimentos e entidades também sociais e do povo (de verdade) que entenderam o significado da palavra suicída. Sementes que brotam uma vez e geram plantas que não germinam. Isso foi lá em Outubro de 2013 (leia aqui).
Como numa história do Visconde de Sabugosa, uma tal Maria Emília Pacheco (leia aqui) movimentou seus amigos do bloco da Segurança Alimentar - Consea para serem contrários à proposta. Meus sinceros PARABÉNS para ela e seus colegas. Emília sempre foi mais esperta que todos do Sítio e fazia conexão entre coisas que ninguém via.
Ela ainda avisou "precisamos continuar mantendo a mobilização, pois a retomada da proposta no Congresso também põe em risco a Moratória Internacional da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), da qual o Brasil é parte." Qualquer tentativa nesse sentido é fechar os olhos para o óbvio. Um país não industrial ou agrícola não pode deixar que seus agricultores fiquem dependentes de países que controlam as sementes.
Já não nos bastam os transgênicos? Estes que vieram para acabar com a fome do mundo, garantindo maior produtividade sem usar pesticidas? Já sabemos que nem uma coisa, nem outra, muito menos a última. Não acabaram com a fome, nem garantem maior redimento e usa-se mais pesticidas do que nunca na história desse país. Transgênicos trazem mortes na biodiversidade (aqui) e o homem, que não se acha, é parte dela. Mas para os grandes, os donos das sementes tudo bem. Quem acreditou de verdade que eles queriam um mundo cheio de gente e/ou saudáveis? Tão ingênuo...
Enquanto isso, num reino distante, grande e industrializado os pequenos compradores começam uma mobilização silenciosa contra tudo isso. Sementes cobertas de pesticidas (aqui) ou com inseticidas cativo (aqui) não são mais bem-vindas. As vendas dos alimentos Frankenstein foram caindo. Já se sabe que não passavam de uma ideia simplista para ganhar tempo e não redistribuir renda. Porque isso sim, garante o acesso de qualquer um à comida. O resto é fingimento moderno desses que não duram nem uma centúria.
Então, no primeiro mês do ano de 2014, uma grande indústria de cereais matinais americana decidiu que seu carro chefe não vai conter os tais transgênicos (aqui). Acha pouco? Não acho, acho tendência das mais inteligentes disponíveis no momento e só os bobocas não vão seguir.
Tudo isso ficou bem televisivo no mesmo outubro de 2013 quando a poderosa dos yogurtes falou que não usar o que eles chamam de high frutose corn syrup (HFCS - xarope de milho de alta frutose) nos seus produtos. Os consumidores não compravam mais o iogurte deles, porque faz mal pra caramba. Altera a glicose do sangue, dá picos de agitação e depois fome incontrolável, exatamente de 2 em 2 horas. Reconheceu esse padrão? Então fique atento.
Para dar uma ideia real da ruindade da história, vários reinos baniram o que aqui chamam de Frankeinfood - comida Frankenstein. Alguns dos países que não compram, nem plantam essas sementes falam que elas fazem seu povo ficar doente. São eles: Alemanha, França, Austrália, Hungria, Índia, Venezuela, Algéria, etc. A lista aumenta a cada dia, mas essa história ainda não tem um fim. Nem ruim, nem feliz.
Pois a tal comissão lá do primeiro parágrafo ainda pode voltar com a proposta e o pessoal pode estar vendo o jogo, a novela ou o desfile. Até lá é torcer para os amigos de Emília não deixem passar a ideia de plano infalível ou de jerico. No caso, dá na mesma.
Pois a tal comissão lá do primeiro parágrafo ainda pode voltar com a proposta e o pessoal pode estar vendo o jogo, a novela ou o desfile. Até lá é torcer para os amigos de Emília não deixem passar a ideia de plano infalível ou de jerico. No caso, dá na mesma.
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Isabela: designer, especialista em tecidos automotivos, estudou psicologia clínica, trabalha inclusive com análise de tendências de design e comportamento humano. Está morando fora do país, por isso gosta de compartilhar as coisas interessantes que encontra pelo caminho.
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